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Estado de Minas

Premiê russo admite 'ato terrorista' em queda de avião no Egito


postado em 09/11/2015 21:10

O premiê russo, Dmitri Medvedev, admitiu nesta segunda-feira que o avião russo que caiu no Egito, com 224 pessoas a bordo, possivelmente foi alvo de um "ato terrorista".

"A possibilidade de um ato terrorista é considerada", disse o premiê, em entrevista ao jornal estatal Rossiiskaia Gazeta, publicada nesta segunda-feira.

Londres e Washington, assim como os investigadores internacionais, suspeitam que uma bomba explodiu a bordo do avião depois que a aeronave decolou do balneário egípcio de Sharm el Sheikh rumo a São Petersburgo, no sábado, 31 de outubro.

Até agora, a Rússia não quis atribuir o ocorrido a um atentado, mas o presidente Vladimir Putin cancelou na sexta-feira os voos russos para o Egito.

No entanto, Moscou parece inclinado agora a aceitar a pista terrorista, assim como as potências ocidentais.

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) assegurou ter derrubado o avião em represália aos bombardeios russos na Síria, mas não explicou como o fez.

Israel, país fronteiriço com o Sinai egípcio, destacou também que provavelmente se tratou de um atentado "Segundo o que sabemos e ouvimos, ficaria surpreso se ficar comprovado que não foi um atentado", afirmou o ministro da Defesa, Moshé Yaalon.

A Airbus, por sua vez, descartou que a segurança do avião A321 esteja em questão. "De acordo com os dados da investigação recebidos, não se constatou uma disfunção (no aparelho)", disse nesta segunda-feira um porta-voz do grupo aeronáutico à AFP.

O governo egípcio assegura, no entanto, que ainda não pode tirar qualquer conclusão definitiva antes do fim da investigação, e não esconde sua irritação com as imagens de turistas deixando as praias da região.

Segundo informações de Moscou e de Londres, permaneciam em Sharm el Sheikh e nas margens do Mar Vermelho 70 mil turistas russos e 15 mil britânicos.

Desde a sexta-feira, 25.000 foram repatriados de Sharm el Sheikh, balneário de Hurghada e do Cairo, em voos especiais.

A Rússia precisará de mais duas semanas para repatriar todos os turistas, disse Medvedev.

Ao longo do dia, o Egito reforçou a segurança em Sharm el Sheikh, na tentativa de salvar seu setor turístico, afetado pela queda do avião.

A segurança foi reforçada na entrada do aeroporto, onde todos os veículos estavam sendo revistados escrupulosamente, constatou um jornalista da AFP. Perto de algumas praias, os policiais eram mais numerosos que os turistas.

O ministério do Interior anunciou, por outro lado, nesta segunda, que a polícia matou um dos principais líderes do EI no Cairo.

Ashraf Ali Ali Hasanein al Gharabli, considerado "um dos terroristas mais perigosos" do braço local da organização jihadista, morreu em um tiroteio quando a polícia tentava detê-lo na capital.

As autoridades o acusavam de organizar atentados contra as forças de segurança, de ter ordenado a decapitação de um croata, Tomislav Salopek, sequestrado não longe do Cairo e da morte de um americano funcionário de uma companhia petroleira.


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