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Estado de Minas

Grande manifestação em Berlim contra projetos de livre comércio UE-EUA-Canadá


postado em 10/10/2015 14:01

Entre 100.000 e 250.000 manifestantes marcharam neste sábado pelas ruas de Berlim contra o projeto de livre comércio TTIP atualmente em discussão entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos, assim como o CETA, entre a UE e o Canadá.

Respondendo à convocação de vários partidos políticos, organizações sindicais, ambientais, anti-globalistas e de defesa dos consumidores, cerca de 250.000 pessoas participaram desta manifestação, segundo os organizadores.

A polícia, no entanto, que mobilizou mil agentes na capital alemã, contabilizou "quase 100.000" manifestantes durante o protesto, que ocorreu sob um céu azul e ensolarado.

Esta afluência de participantes obrigou as autoridades berlinenses suspenderem temporariamente o tráfego ferroviário em torno da estação central, de onde o cortejo partiu às 09h00 GMT (06h00 de Brasília), para depois seguir um percurso pelo centro da capital que terminou às 13H00 GMT (10h00 no horário de Brasília). Até o momento, segundo foi informado, não havia sido registrado nenhum incidente.

"Nunca antes na Europa tanta gente havia saído às ruas por este motivo", elogiou neste sábado a Confederação Federal Alemã (DGB), uma das organizações que convocou este dia de mobilização sob o lema "Parem TTIP e CETA".

Para permitir que grande parte dos participantes chegassem a Berlim foram fretados trens especiais e mais de 600 ônibus em toda a Alemanha.

'Salvar a democracia'

O principal alvo dos manifestantes era o acordo TTIP (Transatlantic Trade and Investment Partnership, em inglês), cuja próxima rodada de negociações acontecerá no final do mês em Miami (Flórida, EUA).

O acordo busca suprimir barreiras alfandegárias e regulamentares entre os Estados Unidos e a União Europeia.

No entanto, eles também protestaram contra o CETA (Acordo Econômico e Comercial Global), um acordo similar que está sendo discutido entre a UE e o Canadá.

Seus opositores temem que estes tratados, ao serem ratificados, propiciem uma desregulamentação generalizada e um retrocesso no campo de ação dos governos.

Muitos participantes da manifestação estavam fantasiados, vários levando flores nos cabelos, segundo uma jornalista da AFP. Nos cartazes que carregavam era possível ler lemas como "Parem TTIP", "Liberdade de ação democrática, mais que TTIP", "O TTIP não é o barco adequado" e "O TTIP é o naufrágio climático".

"Estamos aqui porque não queremos deixar o futuro aos mercados, pelo contrário, queremos salvar a democracia", declarou diante da multidão Michael Müller, presidente da organização ecologista NaturFreunde Deutschlands.

Em negociação desde 2013, o acordo comercial Estados Unidos-Europa seria, se fosse aplicado, o mais vasto do mundo. Ambas as partes pretendem concluí-lo antes do fim do mandato do atual presidente americano, Barack Obama, no próximo ano, mas os obstáculos são inúmeros, em particular a oposição da opinião pública em alguns países europeus, entre os quais a Alemanha.


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