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Estado de Minas

Obama encontra famílias de vítimas do Oregon em dia de novos tiroteios


postado em 09/10/2015 20:16

Oito dias depois do ataque a tiros que deixou 10 mortos em uma universidade do Oregon (oeste), o presidente americano, Barack Obama, encontrou-se nesta sexta-feira com familiares das vítimas, em um dia em que foram registrados novos tiroteios que deixaram dois mortos e quatro feridos.

"Vamos ter que reagir juntos, como país, mas hoje se trata das famílias", disse o presidente, após se reunir durante uma hora com os parentes das vítimas do ataque em uma universidade de Roseburg, no Oregon.

Centenas de pessoas foram ao aeroporto desta cidade para receber o presidente, mas enquanto alguns o saudaram com cartazes com dizeres como "Bem-vindo", outros exibiam mensagens criticando-o ("Obama se engana").

O presidente multiplicou as alegações a favor de controles mais estritos contra as armas de fogo depois que um jovem de 26 anos matou a tiros nove pessoas na Faculdade Umpqua Community College de Roseburg, antes de se suicidar.

O porta-voz da Casa Branca Josh Earnest afirmou antes da visita que o presidente quis "passar um tempo com as famílias das vítimas desta terrível tragédia", mas o pai de uma menina que ficou ferida no ataque e sobreviveu acusou Obama de politizar a tragédia e disse esta semana que tinha declinado um convite para se reunir com ele.

Moradores da cidade criaram um grupo no Facebook chamado "Não venha a Roseburg", que na sexta-feira contava com mais de 2.000 integrantes.

David Jaques, chefe de redação do jornal local The Roseburg Beacon, afirmou esta semana que Obama não seria bem-vindo a esta cidade e avaliou que o presidente pretendia tirar proveito político de sua visita.

A cidade de Roseburg teve que emitir um comunicado nesta terça-feira, dizendo que este tipo de comentário não representava à comunidade em seu conjunto e que o presidente receberia calorosas boas-vindas.

Horas depois do tiroteio, em 1º de outubro, Obama expressou, em termos muito duros e diretos, sua emoção e sua raiva, ao acusar o Congresso de não ter feito nada para deter este tipo de ataque.

"Isto virou rotina", disse, voltando a destacar a necessidade de uma reforma das leis para controlar o porte e a venda de armas de fogo, como fez em 15 ocasiões desde sua chegada ao governo, em 2009.

"Vou (...) politizar este tema porque a inação (do Congresso) é uma decisão política", disse em 2 de outubro durante uma coletiva de imprensa.

No estado do Arizona (sudoeste), em outro tiroteio, uma pessoa morreu e outras três sofreram múltiplos ferimentos a bala na Northern Arizona University (NAU) na cidade de Flagstaff, antes de o agressor ser detido.

As primeiras chamadas de emergência alertaram a polícia à 01H20 da madrugada nesta sexta (hora local), quando a maioria dos alunos da NAU estava nos dormitórios.

"Dois dos nossos grupos de estudantes se envolveram em um enfrentamento. O confronto se tornou físico e um dos nossos estudantes atirou nos outros. Quatro dos nossos estudantes ficaram feridos", disse Gregory Fowler, chefe de polícia da NAU.

"Temos um estudante morto e outros três estão sendo tratados no centro médico de Flagstaff", acrescentou.

O suposto agressor, a quem a polícia identificou como Steven Jones, um aluno de 18 anos, foi posto sob custódia sem que oferecesse resistência. Todas as vítimas eram homens.

Não está claro se foi um confronto, mas Jones está cooperando com a polícia, disse Fowler.

Desde o começo deste ano, foram registrados nos Estados Unidos 296 tiroteios em 274 dias, segundo o site Shootingtracker, que dá conta de todos os incidentes deste tipo que provoquem um mínimo de quatro vítimas entre mortos e feridos.


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