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Estado de Minas

Reativação e mudança climática: a meta para a economia mundial em Lima


postado em 08/10/2015 20:25

Reativar a combalida economia mundial - com a atenção voltada para a China e para a América Latina - e aplicar medidas que atenuem as mudanças climática dominaram a agenda dos líderes econômicos globais, nesta quinta-feira, em Lima.

Em um país que está na vanguarda da gastronomia mundial, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, convocou os ministros e presidentes de bancos centrais de 188 países a enfrentar os desafios fazendo uma analogia com a originalidade da cozinha peruana.

"A cozinha peruana é uma combinação de boas práticas do mundo todo. Trata-se de refinar e modernizar receitas tradicionais, e de melhorá-las, utilizando uma variedade de ingredientes", disse Lagarde à imprensa no primeiro dia de assembleia anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM).

"A principal mensagem que tenho para as autoridades mundiais é que apliquem as receitas da cozinha peruana", insistiu. "Devem examinar as melhores práticas e colocar em dia as políticas para consolidar o crescimento", acrescentou.

A reunião acontece na América do Sul depois de 50 anos e em um contexto em que a América Latina se vê golpeada pela queda dos preços das matérias-primas -suas principais exportações-, com uma contração econômica de 0,3%.

Lagarde pediu para que "criem uma combinação de políticas, com um crescimento mais sólido e inclusivo", em meio à desaceleração da economia mundial, prejudicada pela China e pelos países emergentes, com uma expansão global de somente 3,1% para 2015.

Mudanças climáticas

A dois meses da conferência sobre o clima em Paris, os ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais de 188 países debatem um fundo que atenue as mudanças climáticas, em meio aos debates sobre a saúde da economia.

A ajuda financeira global aos países em desenvolvimento que lutam contra as mudanças climáticas chegou a 62 bilhões de dólares em 2014, mais da metade da meta de 100 bilhões fixada para 2020, anunciou a OCDE, o que permitirá limitar o aquecimento global a 2°C acima do nível da era pré-industrial, em meados do século XIX.

A busca por recursos para completar esse fundo está na agenda dos ministros das finanças das principais potências industrializadas e emergentes.

Também se espera uma declaração que respalde as propostas da OCDE na luta contra a evasão fiscal.

Nessa luta contra o aquecimento global, Lagarde considerou nesta quarta-feira que é "o momento adequado para introduzir um imposto sobre o carbono", que propiciará "um colchão de segurança" às economias do mundo para combater as próximas crises.

A França não se opõe, mas pede uma maior contribuição dos bancos em desenvolvimento, como o Banco Mundial. O presidente deste organismo, Jim Yong Kim, disse hoje que vai "ampliar seu apoio para satisfazer à crescente demanda dos países".

Para o Banco Mundial "o mundo deve atuar agora para estabelecer um preço ao carbono e acabar com os subsídios aos combustíveis fósseis".

Nesse contexto, 20 ministros de países vulneráveis às mudanças climáticas, incluindo a Costa Rica, lançaram hoje o bloco V20, com o objetivo de reunir recursos que lhes permitam combater o impacto do aquecimento global em seus territórios. O grupo representa cerca de 700 milhões de pessoas.

O Brasil e as contas

O ministro de Fazenda do Brasil, Joaquim Levy, comentou a rejeição pelo Tribunal de Contas da União das contas do governo Dilma Rousseff em 2014.

"Pode ter havido uma infração em relação aos empréstimos dados pelo setor bancário aos governos", assumiu Levy na assembleia do FMI em Lima. "Na Europa isso também foi um problema e foi resolvido", acrescentou.

As atenções dos participantes também estão voltadas para a China, que registrará seu menor crescimento em 25 anos, a 6,5%. Na quarta-feira, a segunda maior economia do mundo pediu calma e garantiu que continuará comprando as commodities da América Latina.

Em meio às discussões econômicas, o ator americano Sean Penn também participou do encontro para contar sua trabalho no Haiti.


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