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Estado de Minas

Dirigente da ONU diz que ataque a hospital é indesculpável e pode ser crime de guerra

Ataque aéreo contra um hospital administrado pelos Médicos Sem Fronteiras na cidade de Kunduz fez 19 mortos. Comissário da ONU e Obama pedem investigação


postado em 03/10/2015 18:55 / atualizado em 03/10/2015 23:32

Ataque fez pelo menos 19 mortos, três deles crianças, e 37 feridos(foto: SHAH MARAI/AFP)
Ataque fez pelo menos 19 mortos, três deles crianças, e 37 feridos (foto: SHAH MARAI/AFP)
O Alto Comissário da Organização das Nações Unidas (ONU), Zeid Ra’ad Al Hussein, pediu um inquérito aprofundado e transparente, destacando que “se for considerado pela Justiça como deliberado, um ataque aéreo a um hospital pode constituir um crime de guerra”. Segundo um novo balanço, o ataque aéreo contra um hospital administrado pelos Médicos Sem Fronteiras na cidade de Kunduz, Norte do Afeganistão, fez 19 mortos, três deles crianças, e 37 feridos.

No início da noite, o presidente Barack Obama ofereceu suas "profundas condolências" pelo suposto bombardeio de forças dos Estados Unidos ao hospital. "Em nome do povo americano, estendo minhas profundas condolências aos profissionais da área médica e demais civis mortos e feridos no incidente trágico ocorrido em um hospital da Médicos sem Fronteiras em Kunduz", disse Obama em um comunicado divulgado pela Casa Branca.

"O Departamento de Defesa abriu uma investigação completa, e aguardaremos seus resultados antes de fazer um julgamento definitivo das circunstâncias envolvendo esta tragédia. Continuaremos trabalhando estreitamente com o presidente Ashraf Ghani, o governo afegão e nossos parceiros internacionais para apoiar a Defesa Nacional afegã em seu trabalho para garantir a segurança daquele país", acrescentou Obama.

O executivo para os Direitos Humanos da ONU, disse neste sábado que é indesculpável o ataque aéreo contra um hospital administrado pelos Médicos Sem Fronteiras. “Este acontecimento é profundamente trágico, indesculpável e possivelmente criminoso”, afirmou Al Hussein num comunicado divulgado em Genebra.

A cidade de Kunduz é palco de confrontos desde que, na segunda-feira (28), os talibãs tomaram a localidade, seguindo-se uma ofensiva das forças afegãs, apoiadas por tropas dos Estados Unidos.

Na terça-feira, os Médicos Sem Fronteiras (MFS) divulgaram um comunicado afirmando que o hospital estava “sobrecarregado” com a chegada constante de feridos. Foram atendidas entre segunda e terça-feira, 171 pessoas, entre as quais 46 crianças, a maioria com ferimentos de bala. “O hospital está inundado de pacientes”, disse Guilhem Molinie, representante do MSF no Afeganistão.

Neste sábado, depois do ataque, o MSF esclareceu que todas as partes envolvidas no conflito, inclusive Cabul e Washington, foram claramente informadas em várias ocasiões da localização exata (coordenadas GPS) de todas as instalações do hospital, a última das quais a 29 de setembro.


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