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Estado de Minas

Nova semana de tensão à vista na Esplanada das Mesquitas


postado em 27/09/2015 09:40

Novos confrontos foram registrados neste domingo na Esplanada das Mesquitas, poucas horas depois do início da festa judaica dos Tabernáculos, com a qual os palestinos temem um maior fluxo de visitantes judeus neste local extremamente sensível de Jerusalém.

"Al Aqsa é um lugar sagrado, mas também um símbolo nacional para os palestinos e para todos os árabes", declarou o xeque Kamal Khatib, número dois do Movimento Islâmico, um grupo islâmico árabe-israelense que lidera a mobilização em torno da esplanada, onde está localizada a mesquita de Al Aqsa.

Seu movimento organiza há 20 anos uma manifestação anual sob o lema "Al Aqsa está em perigo", mas que este ano diz: "Al Aqsa está em grande perigo".

Há algum tempo, "extremistas judeus querem destruir Al Aqsa para construir o Terceiro Templo (judeu) e são agora apoiados pelo governo" de Benjamin Netanyahu, cuja coalizão inclui ministros religiosos e nacionalistas, diz o xeque.

As autoridades israelenses negam querer mudar o status quo de 1967, que autoriza os judeus a visitar a esplanada, mas não a rezar na mesma.

Esses mesmos funcionários dizem que a violência ocorrida são atribuíveis ao Movimento Islâmico que financia e leva todos os dias grupos de homens e mulheres gritando "Allahu Akbar" (Deus é grande).

Outra ameaça, de acordo com a polícia israelense, são os "jovens mascarados que atiram pedras" e que se escondem na mesquita de Al Aqsa na véspera de feriados judaicos.

Este foi o caso durante a celebração do ano novo judaico, dez dias atrás. O mesmo poderia acontecer agora em Sucot, a festa judaica dos Tabernáculos, que começa neste domingo e dura oito dias.

A Esplanada das Mesquitas está localizada em Jerusalém Oriental, a parte palestina de Jerusalém ocupada por Israel em 1967 e anexada.

É um local sagrado para ambas as religiões. Ali se encontram o Domo da Rocha e a Mesquita de Al Aqsa, o terceiro local mais sagrado no Islã.

Os judeus também o veneram como o lugar mais sagrado de sua religião e o chamam de "Monte do Templo", pois era neste local que se encontrava o Segundo Templo judeu destruído em 70 d.C pelas tropas romanas de Tito.

'Defender nossa mesquita'

Nos oito dias do feriado judaico "vamos defender nossa mesquita", prometeu um jovem palestino de Jerusalém, chamando a si mesmo de Abu Obeida, nome do famoso porta-voz do braço armado do movimento Hamas.

Bem em frente à mesquita, o Movimento Islâmico realiza uma demonstração de força: várias centenas de militantes desfilam pelo 14 hectares da esplanada aos gritos de "por nossa alma e nosso sangue, nos sacrificamos por ti, Al Aqsa".

Para além desta manifestação, novos confrontos ocorreram neste domingo de manhã entre palestinos e as forças de segurança israelenses na esplanada, no último dia do feriado muçulmano do Eid al Adha.

A polícia israelense indicou em um comunicado que "jovens palestinos atiraram pedras" contra agentes, que responderam para dispersá-los.

A polícia israelense disse que, após o incidente, a situação estava "sob controle".

O governo israelense implantou milhares de agentes da polícia em Jerusalém para garantir a segurança durante o feriado judaico do Yom Kippur, na semana passada, e Eid al-Adha, a Festa Muçulmana do Sacrifício.


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