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Estado de Minas

Egito terá eleições legislativas entre 17 de outubro e 2 de dezembro


postado em 30/08/2015 19:37

As eleições legislativas no Egito serão celebradas entre 17 de outubro e 2 dezembro, anunciou neste domingo a comissão nacional eleitoral, mais de dois anos depois de o exército ter deposto o presidente Mohamed Mursi.

O então comandante do exército e hoje presidente, Abdel Fata al Sisi, tinha prometido estas eleições no começo de 2014 mas o anúncio da data foi adiado várias vezes.

Os 568 deputados do Parlamento unicameral serão eleitos segundo um sistema muito complexo de eleições mistas (uninominal e por listas) em duas fases, anunciou à imprensa o presidente da comissão, Ayman Abas.

Em 17 de outubro, as urnas serão abertas para os egípcios residentes no exterior e, nos dois dias seguintes será a vez dos eleitores de 14 das 27 províncias. No caso de um segundo turno, os desta fase terão que votar de 26 a 28 de outubro.

A segunda fase será para outros residentes no exterior e para as outras 33 províncias, de 21 a 23 de novembro e, no segundo turno, do dia 30 do mesmo mês até 2 de dezembro.

As últimas eleições legislativas foram celebradas em 2011 e foram vencidas pela Irmandade Muçulmana de Mohamed Mursi, que foi o primeiro presidente democraticamente eleito no Egito.

A organização islamita venceu todas as eleições organizadas entre 2011 e 2013 até ser classificada como movimento "terrorista" pelo novo governo e seus dirigentes sistematicamente presos ou forçados a se exilar.

Eleito em maio de 2014, Sisi é acusado por organizações de defesa dos direitos humanos de encabeçar um regime muito repressor e de ter eliminado a oposição da cena política.

Eleições sem oposição

Esta próxima consulta legislativa será realizada praticamente sem oposição.

As principais vozes dissidentes laicas e liberais, inclusive, em particular os líderes da juventude revolucionária que depôs Mubarak do poder em 2011, estão atrás das grades.

Observadores independentes consideram que estas eleições, anunciadas neste dia e que terão um mês e meio de duração, já estejam decididas.

O Parlamento, que estará em funcionamento "antes do fim do ano", segundo Abbas, e completamente ao estilo do novo 'Rais' (presidente egípcio), servirá, segundo especialistas, para apaziguar os parceiros ocidentais do Egito que querem ver em Sisi a última muralha ante o "terrorismo islamita", embora também se preocupem com a tendência autoritária do seu regime.

No entanto, a chegada de um novo Parlamento monocromático não desperta a menor dúvida entre os observadores, visto que Sisi, embora tenha sido eleito com apenas 47% de participação do eleitorado, continua sendo muito popular no país.


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