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Estado de Minas

Tailândia prende turco suspeito de atentado a templo em Bangcoc

Ataque provocou 20 mortes e ocorreu em 17 de agosto, no centro da cidade


postado em 29/08/2015 11:46 / atualizado em 29/08/2015 12:50

(foto: Thai Police/Handout)
(foto: Thai Police/Handout)
Um suspeito turco foi preso neste sábado como parte das investigações sobre o ataque a um templo hindu em Bangcoc na posse de materiais para a fabricação de explosivos. "O suspeito é de nacionalidade turca", anunciou o coronel Banphot Phunphien, porta-voz da junta militar no poder. "Ele possuía vários passaportes", acrescentou, se recusando a fornecer a identidade do suspeito.

No entanto, o passaporte turco de um homem de 28 anos de idade chamado Adem Karadag foi mostrado pela televisão, bem como imagens de dezenas de passaportes falsos turcos. O suposto responsável pelo atentado teria agido por razões pessoais e a pista de terrorismo internacional parece "pouco provável", segundo anunciou a polícia tailandesa.

"É pouco provável que se trate de um terrorista internacional, mas sim de uma questão particular", assegurou o chefe da polícia nacional, Somyot Poompanmoung, acrescentando que ele teria "ficado com raiva por seus amigos e familiares". Este anúncio dá força a uma das hipóteses trabalhadas pela polícia, a de um atentado realizado em represália a expulsão em junho por Bangcoc de uma centena de uigures, minoria muçulmana de língua turca fortemente reprimida na China.

Este grupo tem aumentado seus atos de violência, muitas vezes ataques com faca. Mas nunca realizaram um atentado fora da China, nem um tão sofisticado como foi a explosão do santuário de Erawan de Bangcoc, frequentado por muitos turistas chineses. Em julho, respondendo a um chamado de uma associação que trabalha pelos direitos dos uigures, cerca de 200 pessoas invadiram o consulado tailandês em Istambul para protestar contra a decisão de Bangcoc.

Mas neste sábado, a polícia tailandesa mantinha-se muito cautelosa. Ela divulgou uma foto do homem durante a prisão em seu apartamento na periferia leste de Bangcoc, com os objetos apreendidos lacrados e colocados sobre o tapete a seus pés. Entre eles, "materiais para a fabricação de uma bomba", segundo o general Chaktip Chaijinda, vice-chefe da polícia nacional, que disse estar "confiante de que ele está provavelmente envolvido no ataque", que causou 20 mortes em 17 de agosto no centro de Bangcoc.

Uma camisa com vestígios de TNT faz parte dos objetos apreendidos. "Ainda não podemos dizer se ele é o homem do retrato falado", criado a partir de imagens de câmeras de segurança de um homem suspeito de ter plantado a bomba, advertiu Chaktip.

De acordo com o mandado de prisão e o retrato falado divulgado pelas autoridades tailandesas, trata-se de um "estrangeiro não identificado", alto, de pele clara, vestindo uma camisa amarela e óculos de aros pretos. Ele foi ouvido falando uma língua estrangeira diferente do inglês.

Esta é a primeira prisão relacionada ao caso, doze dias após a explosão neste santuário hindu localizado que matou 20 pessoas e deixou mais de 120 feridos, incluindo muitos turistas asiáticos. Na ausência de reivindicação, esta prisão deve ajudar a resolver o mistério em torno do ataque, sem precedentes por sua violência na Tailândia.

Até este momento, a polícia tailandesa havia multiplicado suas declarações, por vezes contraditórias. Várias pessoas foram interrogadas nos últimos dias, incluindo três uigures.

A polícia e a junta militar excluíram em várias ocasiões a possibilidade de que o ataque tenha sido o ato de um grupo terrorista internacional, mas algumas de suas declarações posteriores pareceram menos afirmativas. Habituados com longas crises políticas, a Tailândia tem experimentado vários episódios de protestos violentos mas nunca um ataque a bomba deste tipo.

Militantes islâmicos da região já realizaram ataques em países do sul da Ásia, particularmente na ilha indonésia de Bali em 2002, mas a Tailândia, até agora, nunca foi um alvo. E nenhuma ligação foi feita entre o ataque e os rebeldes muçulmanos do sul do país, onde a violência é frequentes, mas sem o registro de atentados desta magnitude, e sua luta por maior autonomia permanece localizada.


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