(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Conservadores iranianos criticam visita a Teerã de chanceler francês


postado em 28/07/2015 12:10

A visita a Teerã do ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, prevista para quarta-feira, foi duramente atacada pelos conservadores iranianos, que o criticam, entre outras coisas, por sua dureza durante as negociações sobre o programa nuclear.

Diante destes ataques, nos quais também falaram do escândalo com sangue contaminado dos anos 1980, quando Fabius era ministro, o governo iraniano saiu em sua defesa, pedindo que uma "personalidade internacional" não seja criticada.

Dez deputados iranianos, de um total de 290, pediram ao ministro das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, que Fabius não fosse a Teerã, indicou a agência semioficial Isna.

Já a agência Fars, próxima aos conservadores, citou Mojtaba Zolnur - um ex-representante do guia supremo Ali Khamenei dentro dos Guardiões da Revolução - segundo o qual Fabius é um inimigo.

Zolnur também falou dos iranianos que "morreram devido à importação de sangue contaminado cujo principal responsável é Fabius", em referência ao caso dos anos 1980, quando o agora chanceler ocupava a pasta de Saúde.

Na época o centro francês de transfusão de sangue distribuiu produtos sanguíneos contaminados por HIV, provocando a morte de centenas de pessoas na França, onde foram rapidamente proibidos.

Alguns lotes de sangue contaminado foram exportados ao exterior, incluindo ao Irã, provocando a infecção e a morte de centenas de pessoas. Em 1999 Fabius foi absolvido na justiça francesa pelo caso.

Os ataques conservadores, retomados por vários meios de comunicação, também falam do apoio da França ao Iraque durante a guerra com o Irã (1980-1988).

Diante destas críticas, o ministro iraniano da Saúde, Seyed Hassan Hashemi, saiu em defesa de Fabius.

"Fabius é uma personalidade internacional (...) o país não se interessa em trazer à tona agora esta questão" do sangue contaminado, disse. "É como se amanhã vier uma personalidade alemã ao Irã e falarmos do papel da Alemanha durante a Guerra" Mundial, acrescentou.

A partir de Paris, o presidente François Hollande lembrou que Fabius é a França e que "a maneira como ele for recebido será para nós uma avaliação do comportamento do Irã".


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)