Ao fim de uma visita histórica à África, o presidente dos EUA, Barack Obama, pediu que os líderes do continente priorizem a criação de empregos e oportunidades para a próxima geração, ou correrão o risco de sacrificar o potencial econômico futuro e ter mais instabilidade e desordem.
Obama disse que a "tarefa urgente" de gerar empregos para uma população que deverá dobrar para cerca de 2 bilhões de pessoas nas próximas décadas será um "empreendimento enorme". No entanto, segundo Obama, isso pode ser alcançado com ajuda dos EUA.
Esse foi o primeiro discurso de um presidente dos EUA na União Africana e marcou o fim da visita de cinco dias de Obama à África, que incluiu o Quênia, país onde o pai dele nasceu.
Obama também pediu que os líderes africanos tornem seus países mais atrativos para o investimento estrangeiro acabando com a corrupção, promovendo a liberdade democrática, apoiando os direitos humanos e deixando pacificamente o cargo quando o mandato terminar. No Burundi, o presidente Pierre Nkurunziza foi reeleito para um terceiro mandato há alguns dias, mesmo sendo limitado por lei a ter apenas dois mandatos.
O progresso da África vai depender de segurança e paz, disse Obama, destacando que empresas e pessoas ricas não querem investir em locais não seguros. O presidente dos EUA prometeu continuar dando assistência com treinamentos e outros suportes para o combate ao terrorismo no continente, contra grupos como Al-Qaeda, Estado Islâmico, al-Shabab e Boko Haram.
Sobre esse assunto, Obama disse que o mundo todo também precisa fazer mais e anunciou que vai realizar uma reunião de cúpula nas Nações Unidas em setembro para pedir apoio adicional para a manutenção da paz mundial. Obama deve chegar em Washington na manhã de quarta-feira. Fonte: Associated Press.