No dia seguinte à vitória do 'não' no referendo, a Casa Branca pediu nesta segunda-feira que os dirigentes da União Europeia e da Grécia cheguem a um acordo que permita ao país continuar na zona do euro.
"O referendo passou, mas nossa posição continua sendo a mesma", explicou Josh Earnest, porta-voz da Casa Branca, julgando que é de interesse das duas partes uma solução "que permita à Grécia continuar na zona do euro".
"O trabalho para os dirigentes europeus permanece o mesmo".
Earnest chamou as duas partes "a obter um acordo sobre um conjunto de reformas e um financiamento que permitam à Grécia entrar no caminho de uma gestão duradoura de sua dívida, mas também do crescimento econômico".
O presidente Barack Obama conversou por telefone com seu colega francês, François Hollande, sobre a Grécia, e os dois destacaram "a importância de se encontrar um caminho que permita a Atenas retomar as reformas e voltar a crescer (...) dentro da zona do euro", mas reconheceram que isto "vai exigir compromissos difíceis de todas as partes".
O secretário americano do Tesouro, Jack Lew, telefonou para o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e para o novo ministro da Fazenda, Euclid Tsakalotos, aos quais reafirmou a mensagem de Obama.
Lew exortou Atenas e seus credores a encontrar "uma saída construtiva".
A espera de uma cúpula europeia crucial prevista para a noite desta terça-feira, os dirigentes europeus se mostram divididos sobre a retomada das negociações com a Grécia.
Após celebrar a vitória do "Não", que obteve 61% dos votos no domingo, o primeiro-ministro Alexis Tsipras convocou os dirigentes dos partidos da oposição.