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Estado de Minas

Unesco denuncia novas destruições de obras de arte em Palmira


postado em 03/07/2015 16:55

A diretora da Unesco, Irina Bokova, condenou nesta sexta-feira as novas destruições de obras de arte feitas pelo grupo Estado Islâmico (EI) na cidade histórica síria de Palmira, particularmente bustos funerários e a famosa estátua do leão de Al-Lat.

"As novas destruições de bens culturais do sírio de de Palmira demonstram a brutalidade e ignorância dos grupos extremistas e seu desprezo para com as comunidades locais e o povo sírio", denunciou Bokova em um comunicado.

A estátua do leão de Al-Lat, peça única de mais de três metros de altura, foi destruída no sábado pelos jihadistas do EI, segundo indicou na quinta-feira o diretor-geral do Departamento de Antiguidades e Museus da Síria.

A estátua foi descoberta em 1977 por uma missão arqueológica polonesa no templo de Al-Lat e data do século I a.C

A Unesco também protestou contra a destruição de bustos funerários de Palmira, cidade no centro da Síria, que abriga antigas ruínas mundialmente famosas e classificada como Patrimônio Mundial.

No final de maio, os jihadistas tomaram a cidade de Palmira (centro), lar de antigas ruínas mundialmente famosas e declaradas pela Unesco como patrimônio mundial.

Desde a tomada da cidade, a comunidade internacional teme que o EI destrua inúmeros tesouros arqueológicos da parte antiga, chamada de "Pérola do deserto da Síria", como fez o grupo sunita ultrarradical nos últimos meses no Iraque.

"A destruição dos bustos funerários de Palmira, em praça pública, na frente das multidões e crianças, é um espetáculo de uma perversidade arrepiante", denunciou Irina Bokova.

"Tais objetos representam uma riqueza de informações sobre trajes, jóias, tradições e história do povo sírio. A sua destruição é uma nova tentativa de romper os laços entre as pessoas e sua história, de cortar seus valores de referência para melhor escravizar o povo", acrescentou.

A diretora da Unesco reiterou o seu apelo a "todos os líderes religiosos, intelectuais, jovens, para se mobilizar contra a instrumentalização da religião, responder aos falsos argumentos falaciosos desses artesãos de ódio".

A versão rigorosa do islã sunita defendida pelo EI proíbe formalmente a visita de sítios arqueológicos ou históricos e considera as estátuas humanas como objeto de idolatria.


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