Ataques terroristas fizeram dezenas de vítimas nesta sexta-feira na Tunísia, no Kuwait, na França e na Somália. O maior dos atentados aconteceu em um hotel na praia de Sousse, na Tunísia, onde pelo menos 37 pessoas, de diferentes nacionalidades, morreram vítimas de um atirador. Segundo o ministério do Interior, o terrorista, um estudante sem ficha policial, agiu sozinho e foi morto pela polícia. Este foi o pior atentado da história recente do país.
No Kuwait, uma explosão deixou 25 pessoas mortos e 202 feridos em uma mesquita xiita. Um grupo afiliado ao Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque em uma mensagem no Twitter, na qual afirmou que a explosão foi causada por um homem-bomba. O grupo, conhecido como Najd Province, é o mesmo que disse ter atacado duas mesquitas xiitas na Arábia Saudita nas últimas semanas.
Na França, um homem foi decapitado em uma usina de gás, em Lyon. As autoridades não quiseram revelar o nome da vítima, mas afirmam que ele é o chefe de uma companhia local de transportes. Segundo a polícia local, o homem foi morto antes de o suspeito invadir a fábrica com um carro e colidi-lo com botijões de gás. A ação causou uma explosão que feriu duas pessoas. O presidente da França, François Hollande, elevou o alerta de segurança do país para o nível mais alto por três dias na região do ataque.
Já na Somália, dezenas de pessoas, em sua maioria soldados do Burundi, foram mortos na Região de Lego por islamitas shebab em um ataque a uma base da força da União Africana na Somália. Testemunhas falam em 50 mortos, mas até o momento nenhum relatório oficial foi fornecido.
Tensão na Síria
Na quinta-feira, ao menos 146 civis morreram pelas mãos do Estado Islâmico quando jihadistas lançaram um ataque contra a localidade curda de Kobane, ao norte da Síria. A tensão segue reinando nesta sexta, já que os terroristas usaram civis como escudos humanos em guerra contra os combatentes curdos.
"Seriam ao menos 70 civis tomados como reféns", disse Mostafa Ali, jornalista local originário de Kobane e que se encontra nos arredores da cidade. Os combatentes curdos "cercam os imóveis, mas não se atrevem a disparar para não colocar em risco a vida dos civis", afirmou.
O grupo EI lançou na quinta-feira um ataque surpresa com três atentados suicidas em Kobane, de onde foi expulso em janeiro, o que constituiu seu primeiro revés desde o início de sua expansão na Síria.
Com AFP