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Estado de Minas

Mulheres jornalistas do Vaticano se mobilizam por direitos


postado em 28/05/2015 16:46

As mulheres jornalistas do Vaticano se mobilizaram para que a Igreja defenda os direitos das mulheres vítimas de conflito, violência de gênero e tráfego, com a organização de um simpósio inédito.

Este simpósio, organizado apenas por mulheres, será realizado de sexta-feira até domingo na Villa Pia do Vaticano, que abriga a Academia de Ciências Sociais.

As artífices desta iniciativa fazem parte de um grupo de mulheres jornalistas responsáveis pelo suplemento mensal do jornal L'Osservatore Romano, "Donne, chiesa, mondo" ("Mulheres, Igreja, Mundo"), dedicado às mulheres na Igreja Católica, criado em 2012 sob o pontificado de Bento XVI.

"Começamos a ser visíveis", comemorou a historiadora Lucetta Scaraffia, coordenadora do "Donne, chiesa, mondo" em uma coletiva de imprensa, ressaltando que as oradoras "não vão discutir apenas teoria, mas também a prática".

Um grupo de especialistas, católicas e não-católicas, vão discutir, entre outros temas, as violações massivas de mulheres, em particular na República Democrática do Congo, sobre a violência de gênero no Ocidente e os maus-tratos sofridos pelas religiosas na África.

Elas irão abordar questões sensíveis como a identidade feminina e o novo papel da mulher, a filiação biológica, barriga de aluguel e adoção.

Desde o século XVIII, algumas mulheres católicas tomaram iniciativas na Igreja "sem perdir permissão", fundando congregações, lembrou Scaraffia, que acredita que as mulheres da Igreja são chamadas hoje a seguir na mesma direção.

A Igreja organizou nos últimos meses várias reuniões sobre o papel das mulheres, mas esta é a primeira organizada pelas próprias mulheres.

"Existe atualmente uma grande efervescência sobre este assunto, que se impõe cada vez mais na agenda do Vaticano", disse o diretor do Osservatore Romano, Giovanni Maria Vian. Ele ressaltou que o fato de o cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin, encerrar o encontro no domingo com uma missa "mostra o interesse do Papa Francisco".

As organizadoras afirmaram que o simpósio não tratará de reformas para dar mais poderes às mulheres na Igreja.


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