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Estado de Minas

Ex-chefe das forças especiais do Tajiquistão se une ao Estado Islâmico


postado em 28/05/2015 15:16

O ex-chefe das forças especiais do Tajiquistão, desaparecido desde abril, anunciou em um vídeo ter se unido ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria.

Um homem que parece ser o ex-comandante das forças especiais da polícia do Tajiquistão, coronel Gulmurod Jalimov, de 40 anos, explica em um vídeo publicado na quarta-feira que tomou esta decisão em razão da política anti-islâmica das autoridades do Tajiquistão.

Seu desaparecimento em abril causou pânico neste pobre país da Ásia Central.

"Iremos buscá-los, se Deus quiser", diz o homem vestido de preto ao governo desta ex-república soviética com um rifle em uma mão.

No vídeo de dez minutos, o homem se apresenta como Jalimov e chama de "cães" o presidente e o ministro do Interior do seu país.

Também questiona se as forças armadas do país estão "dispostas a morrer" por um governo que proíbe o hijab (véu islâmico) e a oração na rua.

O ministério do Interior recusou-se a comentar este vídeo, amplamente divulgado nas redes sociais.

De acordo com a imprensa, citando fontes dos serviços de segurança, o coronel, que recebeu treinamento militar na Rússia e nos Estados Unidos, partiu para Moscou em 1º de maio, juntamente com dez outras pessoas.

O presidente Emomali Rakhmon afirmou que o "inferno" aguarda os combatentes islamitas que matam fiéis no Iraque e na Síria.

Rakhmon tem como prioridade a luta contra o fundamentalismo religioso neste país laico, mas no qual a maioria da população é muçulmana.

Para lidar com a crescente influência de extremistas religiosos, autoridades tajiques impuseram que os homens façam a barba e criaram restrições à peregrinação à Meca.

As forças de segurança do Tajiquistão estimam em 300 o número de tadjiques que viajaram para lutar na Síria, dos quais cerca de 50 já morreram.


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