(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Autoridades dos EUA preparam acusação e prisões contra a FIFA


postado em 27/05/2015 02:37

Nova York, 27 - Autoridades norte-americanas se preparam para acusar criminalmente diversos dirigentes da Fifa por corrupção generalizada, disseram pessoas próximas ao caso.

A acusação deve ser feita na manhã da quarta-feira na corte federal do Brooklyn. As autoridades também se preparam para fazer buscas nos escritórios da entidade, em Zurique, e cumprir mandados de prisão para cerca de 12 dirigentes. Não foi revelado quem seriam os acusados.

O caso deve ser anunciado em uma coletiva de imprensa na procuradoria do Brooklyn, que está liderando a investigação. A procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, o diretor do Federal Bureau of Investigation (FBI), James Comey, e o diretor para assuntos criminais do Internal Revenue Service (IRS, a Receita Federal dos EUA), Richard Weber, devem acompanhar o anúncio.

A denúncia deve atingir o órgão dirigente do esporte mais popular do mundo na semana em que ele realiza seu congresso anual. É esperado, durante o evento, que Joseph Blatter seja reconduzido ao cargo de presidente pela quarta vez.

Blatter, que comanda a instituição desde 1998, tem supervisionado o crescimento das receitas da entidade sem fins lucrativos, advindos principalmente da Copa do Mundo. No período entre 2011 e 2014, a Fifa gerou US$ 5,72 bilhões em receitas, de acordo com seu último relatório financeiro. Em 2014, as reservas da entidade somavam US$ 1,52 bilhões.

O FBI e os promotores do Brooklyn vêm investigando a Fifa durante anos, de acordo uma pessoa próxima ao caso. A investigação mudou de patamar em 2011, quando um dirigente norte-americano da entidade, Charles "Chuck" Blazer, começou a cooperar com as autoridades após ser ameaçado com denúncias de sonegação de impostos.

Blazer foi secretário-geral da Concacaf entre 1990 e 2011, e tem informado o FBI sobre o suposto esquema de fraude e lavagem de dinheiro entre os quadros da instituição. Ele também teria concordado em gravar conversas com outros executivos da Fifa.

Uma investigação supervisionada pela Sidley & Austin sobre a Concacaf em 2012 concluiu que Blazer não pagou impostos da organização e sua unidade de marketing entre 2004 e 2010. Ele também teria fornecido informações falsas as autoridades financeiras e feito a Concacaf pagar a ele, sem a autorização devida, mais de US$ 15 milhões sob a forma de comissões, honorários e despesas pessoais, como o aluguel de seu apartamento na Trump Tower, em Nova York, e a compra de apartamentos em Mondrian, um condomínio de luxo em Miami. Blazer foi suspenso da Fifa e renunciou ao cargo de conselheiro em 2013.

Nenhum porta-voz da Fifa não foi encontrado para comentar o caso. Fonte: Dow Jones Newswires.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)