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Estado de Minas

Conservador Andrzej Duda vence eleição presidencial na Polônia


postado em 25/05/2015 16:31

O conservador Andrzej Duda venceu as eleições presidenciais polonesas de domingo com 51,55% dos votos, derrotando o chefe de Estado em fim de mandato, o centro-direitista Bronislaw Komorowski, que obteve 48,45%, anunciou nesta segunda-feira a comissão eleitoral polonesa.

A participação foi de 55%.

A vitória deste jurista de 43 anos pode abrir caminho ao retorno ao poder de seu mentor intelectual, Jaroslaw Kaczynski, chefe do partido conservador e populista Lei e Justiça (PiS), nas eleições legislativas previstas para o fim do ano.

Kaczynski foi chefe de governo entre 2006 e 2007, sob a presidência de seu irmão gêmeo, Lech, falecido em um acidente de avião ocorrido na Rússia em 2010.

O PiS apresenta um programa muito próximo da Igreja católica sobre as questões de sociedade e nacionalidade, e adota uma postura eurocética na política externa, além de fazer várias promessas no plano social (diminuição da idade de aposentadoria para 65 anos e redução dos impostos para os mais pobres).

O partido conservador espera aproveitar a dinâmica da vitória de Duda para vencer as legislativas, que serão celebradas em setembro ou outubro e por um fim à coabitação com os liberais.

Kaczynski chefiará a campanha do seu partido e lutará pelo posto de premiê, anunciaram várias autoridades da formação.

Os poderes do chefe de Estado são relativamente limitados na Polônia, mas a coabitação do jovem conservador com o governo liberal de Ewa Kopacz pode se revelar difícil, pois ambos os partidos têm políticas divergentes.

Na política doméstica, Duda pode tentar bloquear um projeto de lei autorizando a fertilização 'in vitro', à qual a Igreja católica se opõe.

Na segunda-feira, no dia seguinte à sua vitória nas urnas, Duda se dirigiu ao santuário mariano de Jasna Gora (sul), em "agradecimento pelo apoio" do qual se beneficiou, disse.

Desafios econômicos

A economia pode ser um dos principais problemas do novo presidente. Durante a campanha eleitoral, ele prometeu reduzir a idade de aposentadoria de 67 para 65 anos, diminuir os impostos dos que têm menor renda, aumentando ao contrário os pagos por grandes redes de supermercados e bancos.

Promessas que, segundo especialistas consultados pela AFP, ficarão sem efeito imediatamente.

Segundo Witold Orlowski, da consultoria PricewaterhouseCoopers, a redução de impostos "não é o factível" e a economia polonesa não corre "risco de sofrer um transtorno fundamental a curto prazo".

O presidente russo, Vladimir Putin, disse, por sua vez, cumprimentou Duda nesta segunda-feira, expressando a esperança de que melhores as tensas relações entre os dois países por causa da crise ucraniana.

Em seu telegrama de saudações, Putin desejou que a eleição de Duda permita a instauração "de relações de boa vizinhança e de respeito mútuo dos interesses", segundo um comunicado do Kremlin.

"Esperamos sempre boas relações, imparciais e livres de preconceito, que beneficiem a todos", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

As relações entre Rússia e Polônia, historicamente muito complexas, estão em seu ponto mais baixo desde o início do conflito no leste da Ucrânia, há mais de um ano.

Varsóvia é um dos principais apoios das autoridades de Kiev e milita ativamente na União Europeia a favor da política de sanções dirigida contra Moscou.


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