Kiev afirmou neste domingo que Alexei Mozgovoi, um líder separatista pró-russo do leste da Ucrânia, morreu no sábado em consequência de uma luta interna entre os rebeldes, que negaram essas acusações.
O líder rebelde, que dirigia um batalhão da autoproclamada República Popular de Lugansk (LNR), faleceu em um ataque contra seu carro na noite de sábado.
"Nos territórios ocupados da região de Lugansk, seguem as lutas internas entre rebeldes", disse um porta-voz militar ucraniano, Olexander Motuzianik, em uma coletiva de imprensa.
Mozgovoi, "o chefe do grupo rebelde Prizrak (fantasma), tem muito tempo de conflito com a direção da chamada LNR. Não é a primeira vez que matam chefes rebeldes por conta de mudança nas esferas de influência", completou.
Nos últimos meses ocorreram vários assassinatos de altos responsáveis da LNR, dando lugar a rumores de lutas internas entre os distintos pequenos grupos locais e o presidente da "República de Lugansk", Igor Plotnitski.
O carro de Mozgovoi circulava perto da localidade separatista de Alchevsk, cerca de 30 km de Lugansk, quando foi atacado, comunicou a promotoria da LNR.
Segundo a mesma fonte, os assaltante utilizaram primeiro um artefato explosivo antes de abrir fogo com armas automáticas contra o veículo. Sete pessoas morreram no ataque, incluindo a porta-voz de Mozgovoi e dois de seus guarda-costas.
A promotoria separatista afirmou que não descartava uma ação de um grupo de sabotadores ucranianos.
É um "ataque contra todos nós, contra todos os que defendem o direito de existir a LNR", declarou Plotnitski, segundo a agência de notícias rebelde.
Mozgovoi há pouco tempo havia declarado que não acreditava na trégua firmada em fevereiro para acabar com o conflito entre Kiev e os separatistas pró-russos do leste da Ucrânia, que deixou mais de 6.200 mortos em pouco mais de um ano.
Apesar da trégua, os confrontos esporádicos prosseguem na zona do conflito.