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Estado de Minas

Forças iraquianas respondem aos jihadistas do EI perto de Ramadi


postado em 23/05/2015 10:01

As forças iraquianas atacaram neste sábado o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) ao leste de Ramadi, na primeira resposta militar desde a queda da capital da província de Anbar há seis dias.

O EI conseguiu uma série de vitórias no Iraque e na Síria desde a tomada de Ramadi em 17 de maio, com a conquista de novos territórios e de um posto de fronteira, que permitiram ampliar sua área de influência.

O governo dos Estados Unidos, que lidera a coalizão internacional que bombardeia os jihadistas nos dois países há mais de nove meses, reconheceu várias "derrotas" e considerou necessário revisar a estratégia.

Perto de Ramadi, a capital da maior província do Iraque, situada a 100 km ao oeste de Bagdá, as tropas iraquianas conseguiram reconquistar posições do EI, segundo os comandantes da operação.

"As operações militares para libertar Husaybah, sete quilômetros ao leste de Ramadi, começaram", disse à AFP um coronel da polícia iraquiana, que pediu anonimato.

"Até o momento, libertamos a delegacia de Husaybah, assim como seus arredores. A operação consegue avanços significativos", completou a fonte.

O coronel da polícia informou que a polícia local e a federal participam na operação, assim como a força de intervenção rápida do ministério do Interior, soldados do exército iraquiano, forças paramilitares xiitas das Unidades de Mobilização Popular e combatentes tribais.

O primeiro-ministro Haider al-Abadi decidiu recorrer às poderosas Unidades depois que as forças iraquianas foram muito criticadas pelo abandono de Ramadi.

Os milicianos xiitas haviam permanecido à margem das operações em Anbar para evitar conflitos com a população da província, de maioria sunita.

As principais milícias das Unidades de Mobilização Popular desempenharam um papel crucial nas operações de sucesso contra o EI em diversas áreas ao norte de Bagdá, mas foram acusadas de cometer abusos e de execuções sumárias.

"Neste momento, os Hashed al-Shaabi (nome árabe das Unidades de Mobilização Popular) são a melhor aposta para Abadi. Não acredito que tenham muitas opções", afirmou Ayham Kamel, diretor do grupo Eurasia para o Oriente Médio e África do Norte.

- Temor pelos civis de Palmira -

Os jihadistas assumiram o controle de Ramadi no domingo passado, após três dias de combates. Eles tentavam avançar para o leste da capital de Anbar, uma extensa província na fronteira com Jordânia, Arábia Saudita e Síria.

O grupo, que contaria com dezenas de milhares de homens, proclamou um "califado" em junho de 2014 na província, que já controla quase por completo, e em outras regiões do Iraque e da Síria.

Os integrantes do EI, acusados pela ONU de crimes contra a humanidade, espalham o terror nas áreas que controlam, com sequestros, estupros e decapitações.

Depois que o EI assumiu o controle da cidade síria de Palmira, na quinta-feira, os 15 países do Conselho de Segurança da ONU expressaram grande preocupação com o destino das mulheres e crianças da localidade, já que os jihadistas têm como regra sequestrar e explorar as vítimas.

O Conselho de Segurança também manifestou o medo pelo patrimônio de Palmira, uma cidade de mais de 2.000 anos, famosa por suas colunas romanas, templos e torres funerárias.

O EI já destruiu vários tesouros arqueológicos no Iraque.

De acordo com a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), o grupo jihadista já controla metade do território da Síria, um país que é cenário de uma guerra civil há quatro anos.

Os jihadistas também cometeram ataques na Líbia, Tunísia, Egito, Iêmen e Arábia Saudita, onde o EI reivindicou na sexta-feira, pela primeira vez, um atentado suicida em uma mesquita xiita, que deixou 21 mortos e 81 feridos.


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