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Estado de Minas ATENTADO NA MARATONA DE BOSTON

Júri condena Dzhokhar Tsarnaev à pena de morte com injeção letal

Jurados consideraram que Dzhokhar não mostrou remorso por suas ações, além de rejeitarem a tese da defesa de que Tamerlan Tsarnaev, irmão mais velho de Dzhokhar, tinha feito lavagem cerebral e o convencido a executar o atentado


postado em 15/05/2015 17:55 / atualizado em 15/05/2015 18:26

Os promotores do caso apresentaram Dzhokhar, um imigrante de origem caucasiana que chegou aos EUA em 2002, como um assassino sangue frio e jihadista não arrependido(foto: AFP )
Os promotores do caso apresentaram Dzhokhar, um imigrante de origem caucasiana que chegou aos EUA em 2002, como um assassino sangue frio e jihadista não arrependido (foto: AFP )
Um júri federal americano condenou, nesta sexta-feira, à pena de morte, Dzhokhar Tsarnaev, pelo atentado na maratona de Boston, em 2013, no qual três pessoas morreram e 264 ficaram feridas.

A sentença contra o jovem muçulmano de origem chechena, de 21 anos, foi proferida após 14 horas de deliberações, nas quais o júri considerou Tsarnaev culpado de seis das 17 acusações passíveis de pena capital.


Os 12 jurados - sete mulheres e cinco homens - debateram por 14 horas qual deveria ser a sentença de Dzhokhar - a outra opção era prisão perpétua sem possibilidade de libertação - e optaram pela pena de morte com o uso de injeção letal. Para ser condenado à morte, a decisão deveria ser unânime.


Em sua decisão, os jurados consideraram que Dzhokhar não mostrou remorso por suas ações, além de rejeitarem a tese da defesa de que Tamerlan Tsarnaev, irmão mais velho de Dzhokhar, tinha feito lavagem cerebral e o convencido a executar o atentado.

 

Esta é primeira vez que o júri de um tribunal federal dos EUA condena um terrorista à morte desde o 11 de Setembro, de acordo com Kevin McNally do Federal Death Penalty Resource Counsel Project, que coordena defesas em casos que envolvam a possibilidade de pena de morte.

Dzhokhar, um jovem de origem chechena de 21 anos, havia sido considerado culpado no mês passado pelo uso de "arma de destruição em massa" e outras 29 acusações por um tribunal federal de Massachusetts nos EUA. 

Os promotores do caso apresentaram Dzhokhar, um imigrante de origem caucasiana que chegou aos EUA em 2002, como um assassino sangue frio e jihadista não arrependido que quis matar americanos inocentes em retaliação pela morte de muçulmanos inocentes nas guerras do Iraque e do Afeganistão, ambas lideradas pelos EUA.

Além de transformar a linha de chegada da maratona em um campo de guerra, o atentado causou a morte de 3 pessoas - Martin Richard, de 8 anos, Lingzi Lu, de 23 anos, e Krystle Campbell, de 29 anos - e a amputação de pelo menos uma das perna em outras 17. Ao todo, mais de 240 pessoas que estavam nas arquibancadas acompanhado os momentos finais da corrida ficaram feridas com gravidade.

Os irmãos Tsarnaev fizeram também outra vítima: o segurança do Massachusetts Institute of Technology (MIT) Sean Collier, morto em uma troca de tiros três dias depois do atentado, quando eles fugiam de um cerco da polícia.

"Depois de toda a carnificina, o medo e o terror que ele (Dzhokhar) causou, a decisão certa é óbvia", disse o promotor federal Steven Mellin em seus argumentos finais. "A única sentença que fará justiça neste caso é a pena de morte."

Como em todo caso onde o júri decide pela pena de morte, a defesa do autor do atentado terá, de forma inevitável, que apelar - o que deve prolongar o caso por vários anos ou até mesmo, décadas.

Das 80 penas de morte decididas por tribunais federais dos EUA desde 1988, apenas 3 - incluindo o caso de Timothy J. McVeigh, condenado pelo atentado de Oklahoma City, em 1995 - foram executadas. A maior parte dos casos ainda se arrasta em algum instância de apelação, enquanto em outros réu morreu ou cometeu suicídio.


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