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Estado de Minas

Podemos propõe plano de resgate cidadão na Espanha


postado em 05/05/2015 20:55

O partido anti-liberal Podemos, aliado espanhol do grego Syriza, apresentou nesta terça-feira seu programa centrado prioritariamente em medidas de urgência para os mais pobres, um aumento do gasto público e a luta contra a corrupção.

"Diz-se frequentemente que o Podemos fez o melhor diagnóstico, mas que faltava um programa, medidas concretas, de sentido comum para sair da crise", declarou seu dirigente Pablo Iglesias, um professor de ciências políticas durante a apresentação do programa em um teatro do centro de Madri.

O Podemos, que durante um tempo ocupou a primeira posição nas pesquisas para as eleições legislativas do final do ano, está agora na quarta posição em um panorama político dividido, com o avanço dos Cidadãos, novo partido de centro direita, o Partido Socialista e o governista Partido Popular (direita).

O Podemos apresentou esse programa a menos de um mês para as eleições municipais e regionais de 24 de maio.

O partido se posiciona contra a austeridade e a corrupção após mais de cinco anos de uma crise sofrida para os espanhóis.

"É preciso mudar porque neste país há 13 milhões de pessoas em risco de pobreza", disse Pablo Iglesias.

O líder de Podemos esboçou uma lista de medidas, em particular um "plano de resgate cidadão", que seria posto em prática nos cem primeiros dias após chegar ao poder, inclusive em nível regional.

Inclui uma "lei 25 de emergência social", que impede os despejos dos "devedores de boa fé", assim como o corte de eletricidade.

O plano permitirá a "quebra pessoal", em um país como a Espanha, onde as pessoas com hipotecas continuam endividadas, inclusive depois do embargo ao bem hipotecado.

Prevê o aumento dos impostos para altas rendas, saúde pública universal, fazer um esforço pela educação e o controle dos gastos de funcionários e cargos públicos.

"Esse programa diz uma coisa: o povo primeiro", insistiu Iglesias, sem dizer como pensa em financiá-lo.

"A redução do déficit público estará subordinada à redução do desemprego", disse Nacho Álvarez, da Economia, sugerindo uma mudança de prioridades, mas assegurando que uma política fiscal expansionista "é viável" porque viria acompanhada de um aumento das receitas fiscais, embora não proporcione dados de suas previsões.

Apesar da reativação (+1,4% de crescimento em 2014), uma em cada quatro pessoas está desempregada na Espanha (23,7%). A dívida pública deve chegar a 98,9% do PIB em 2015 e o déficit chegará a 4,2%, segundo as previsões do governo.


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