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Estado de Minas

Exército do Burundi diz que permanecerá neutro em meio a protestos


postado em 03/05/2015 12:49

Bujumbura, 03/05/2015 - O ministro da Defesa de Burundi, major general Pontien Gaciyubwenge, disse que o Exército permanecerá neutro em meio aos crescentes protestos populares contra o presidente Pierre Nkurunziza, após este anunciar que buscará um terceiro mandato. Segundo o militar, "nenhum dos atores políticos de Burundi deveria escolher pelo caminho da violência".

Em protestos populares que ocorrem há uma semana o Exército tem servido como um intermediário entre os manifestantes e a polícia, que é acusada de utilizar munição letal para dispersar a multidão. Pelo menos seis pessoas morreram nesses confrontos, segundo a Cruz Vermelha, três delas na explosão de uma granada na capital, nesta sexta-feira. Novas manifestações estão marcadas para esta segunda-feira (04).

O presidente Nkurunziza, que é da etnia Hutu, foi eleito de forma indireta em 2005. Em 2010, venceu novamente, desta vez pelo voto popular, mas em uma eleição sem rivais. Aliados dizem que ele poderia buscar a reeleição, já que da primeira vez foi colocado no cargo pelo Parlamento, e não por voto direito.

Embora a crise desta vez seja política, observadores temem a repetição do conflito entre as etnias Hutu e Tutsi, que terminou em 2003, após dez anos, com um saldo de mais de 250 mil mortos. "As atuais instituições estão tentando enterrar os acordos de Arusha. Essa atitude nos levará diretamente para o inferno", afirmou o ex-presidente Domitien Ndayizeye, que ficou no poder entre 2003 e 2005. Os acordos de Arusha colocaram fim ao conflito entre os hutus e os tutsi, que ocorriam sobretudo na Ruanda, mas também se espalharam para o Burundi. Fonte: Associated Press.


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