(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Novo naufrágio no Mediterrâneo deixa pelo menos 20 mortos


postado em 20/04/2015 12:40 / atualizado em 20/04/2015 16:48

(foto: ARGIRIS MANTIKOS / EUROKINISSI / AFP)
(foto: ARGIRIS MANTIKOS / EUROKINISSI / AFP)

Pelo menos 20 pessoas morreram hoje no naufrágio de uma embarcação no Mediterrâneo com mais de 300 ocupantes. A informação foi dada por uma das pessoas a bordo, que pediu ajuda a uma organização internacional quando o navio estava afundando. A Organização Internacional para as Migrações (OIM) disse ter recebido pedido de ajuda de uma embarcação que estava afundando no Mediterrâneo e que transportava mais de 300 pessoas.

O porta-voz da OIM, Joel Millman, informou que o gabinete da organização em Roma recebeu o pedido de uma de três embarcações próximas que se encontravam em águas internacionais. “O interlocutor disse que havia 300 pessoas em sua embarcação, que estava afundando, e falou de mortes, 20 pelo menos”, escreveu Federico Soda, amigo de Millman em Roma, em um correio eletrônico.

Soda contou que a organização fez contato com a Guarda Costeira e repassou informações sobre as embarcações. “Mas eles não têm recursos para fazer esses salvamentos no momento”, adiantou.

Segundo a OIM, os guarda-costeiros vão provavelmente tentar redirecionar navios comerciais para o local onde o barco está afundando. A operação não é fácil, já que, segundo a organização, alguns navios comerciais “não querem colaborar”.

O anúncio é feito horas antes da reunião dos ministros do Interior e dos Negócios Estrangeiros da União Europeia para discutir a tragédia no Mediterrâneo nesse domingo, quando mais de 700 migrantes morreram quando o barco em que viajavam com destino à Itália naufragou.

Ver galeria . 11 Fotos A Organização Internacional para as Migrações (OIM) disse ter recebido pedido de ajuda de uma embarcação que estava afundando no Mediterrâneo e que transportava mais de 300 pessoasAFP Photo
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) disse ter recebido pedido de ajuda de uma embarcação que estava afundando no Mediterrâneo e que transportava mais de 300 pessoas (foto: AFP Photo )


União Europeia discute crise migratória

Na semana passada, mais dois naufrágios de embarcações deixaram cerca de 450 mortos, provocando apelos para uma ação imediata. Pelas tendências atuais, calcula-se que o total de 170 mil migrantes desembarcados no ano passado na Itália seja ultrapassado em 2015.

Os chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE) vão promover um Conselho Europeu extraordinário na próxima quinta-feira (23) em Bruxelas, para debater as mais recentes tragédias no Mediterrâneo, anunciou hoje (20) o presidente do Conselho Europeu.

“A situação no Mediterrâneo é dramática. Não pode continuar assim. Não podemos aceitar que centenas de pessoas morram ao tentar atravessar o mar rumo à Europa. Foi por isso que decidi convocar um Conselho Europeu extraordinário para esta quinta-feira”, afirmou Donald Tusk, em vídeo divulgado na rede social Twitter.

"Há desafios que só podem ser adequadamente respondidos se houver uma abordagem cooperativa, como é o caso dos fluxos migratórios. Não posso, nesse contexto, deixar de lamentar profundamente os trágicos acontecimentos deste fim de semana, que reforçam ainda mais a premência de todos trabalharmos juntos em uma solução para o flagelo a que temos assistido no Mar Mediterrâneo", disse o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho.

Os ministros do Interior e dos Negócios Estrangeiros da UE também devem se reunir ainda hoje em Luxemburgo, após a reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros, para avaliar respostas para a crise migratória. As autoridades europeias devem debater o que pode e deve ser feito para que essas catástrofes não se repitam e sobre como podem agir na Líbia para impedir que a situação política interna deixe caminho livre aos traficantes de seres humanos.

Os fluxos migratórios da África para a Europa têm aumentado consideravelmente nos últimos anos. A superlotação e a falta de condições das embarcações levam, muitas vezes, à morte de centenas de pessoas. Atualmente, a Guarda Costeira italiana resgata de 500 a 1.000 pessoas por dia.

Nesta segunda-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, cobrou respostas da Europa sobre o mais recente naufrágio de imigrantes no Mediterrâneo, que matou centenas de pessoas. “Como milhões de alemães”, Angela Merkel está chocada com o naufrágio desse domingo ao largo da Líbia, em que podem ter morrido 700 pessoas, disse o porta-voz, Steffen Seibert, à imprensa em Berlim.

Ainda segundo o porta-voz, o fato de naufrágios ocorrerem “com triste regularidade no Mediterrâneo” não é uma situação digna para a Europa. Ele acrescentou que um continente que tem um compromisso com a humanidade precisa encontrar respostas, mesmo quando não há respostas fáceis.

Para o governo alemão, a prioridade é salvar o maior número de vidas e, a médio e longo prazo, reforçar a luta contra o tráfico de pessoas e estabilizar os países de origem dos migrantes.

*Com informações da Agência Lusa e AFP


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)