Militantes jihadista shebab somalis mataram neste domingo três soldados das forças da União Africana (UA) que lutam contra o grupo na Somália, informou a UA, que condenou o último de uma série de ataques.
O enviado da UA na Somália, Maman Sidikou, condenou a "covarde emboscada" de um comboio de tropas no domingo no distrito de Lower Shabelle, entre as localidades de Lego e Balidogle.
"Nossos valentes soldados lutaram em uma batalha enérgica, durante a qual três deles morreram, enquanto outros ficaram feridos", afirmou Sidikou em um comunicado, agregando que a luta contra os jihadistas continuará.
O porta-voz dos shebabs, Abulaziz Abu Musab, reivindicou o ataque e disse à AFP que cinco soldados da UA foram mortos e vários veículos ficaram destruídos.
Abu Musab revelou que os soldados eram do Burundi, mas a força da UA na Somália, Amisom, na qual também participavam membros de Djibuti, Etiópia, Quênia e Uganda, não informou detalhes sobre sua nacionalidade.
Os rebeldes shebab estão lutando para derrubar o governo do país, reconhecido pela comunidade internacional, mas também realizam ataques de vingança contra os países que apoiam soldados da Amisom, principalmente o vizinho Quênia.
Os ataques dos insurgentes shebab na Somália frequentemente ocorrem em lugares-chave do governo e das forças de segurança, em uma aparente tentativa de desacreditar as autoridades e as tropas da UA, que asseguram estar vencendo nos confrontos.
No dia 2 de abril, homens armados dos shebabs atacaram a universidade de Garissa, no nordeste do Quênia, separando os estudantes não muçulmanos para executá-los, matando 148 pessoas, em seu pior ataque até a data.
Apesar de os shebabs terem emergido como um grupo islâmico somali em 2006 em Mogadíscio, a organização jihadista tem recrutado membros em toda a região.