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Estado de Minas

Tunísia marcha contra terrorismo na presença de líderes internacionais


postado em 29/03/2015 12:40

Uma multidão encheu as ruas de Túnis neste domingo para protestar "contra o terrorismo" e lembrar as vítimas do ataque ao Museu do Bardo, enquanto autoridades anunciaram ter matado o líder do maior grupo jihadista no país.

"Tunísia livre, fora terrorismo!", gritavam os manifestantes, muitos dos quais agitavam a bandeira nacional na avenida que leva ao Bardo.

"Todas essas pessoas chegaram para dizer 'não ao terrorismo' e para transmitir uma mensagem aos terroristas: a Tunísia é intocável!", disse à AFP Tayea Chihaoui, uma manifestante que veio de Sidi Bouzid, no centro do país.

Pouco antes da marcha, o governo tunisiano anunciou que as forças de segurança abateram nove dos "terroristas mais perigosos" do país, todos membros da organização Okba Ibn Nafaa, braço tunisiano da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQIM), acusada de coordenar o ataque ao Museu.

Embora o ataque tenha sido reivindicado pelo Estado Islâmico (EI), o governo acusa a organização AQMI.

As forças da Tunísia conseguiram "matar ontem (sábado) à noite os membros mais importantes do grupo Okba Ibn Nafaa, incluindo seu líder, Abu Sakhr Lokman", afirmou o primeiro-ministro tunisiano, Habib Essid.

Na operação, nove jihadistas foram mortos na região de Gafsa (leste). "Estamos muito felizes (...) Eles faziam parte do grupo dos terroristas mais perigosos na Tunísia", disse à AFP o porta-voz do ministério, Mohamed Ali Arui.

- Presença internacional -

Por volta de meio-dia o presidente tunisiano, Beji Caid Essebsi, se juntou à marcha contra o terrorismo na capital tunisiana, ao lado de líderes estrangeiros.

O presidente francês, François Hollande, o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi, o presidente do Gabão, Ali Bongo e seu homólogo palestino, Mahmud Abbas, caminharam cem metros ao lado de Essebsi em um perímetro altamente protegido pelas forças de segurança.

A presença do ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Garcia-Margallo, e seu homólogo holandês, Bert Koenders, também era esperada.

"Agora, após cada atentado terrorista, todo o mundo reage como se o atentado tivesse ocorrido em seu país. Isso é novo e é importante", declarou o presidente Caid Essebsi ao jornal francês Ouest-France.

A manifestação lembra o gigantesco ato realizado em 11 de janeiro, em Paris, após os ataques contra o jornal satírico Charlie Hebdo e um supermercado kosher, que reuniu mais de 40 chefes de Estado e de Governo.

"Todos nós devemos lutar contra o terrorismo", falou à imprensa o chefe de Estado francês, depois de participar da marcha em Túnis.

"O terrorismo queria atingir um país, a Tunísia, que iniciou a Primavera Árabe e que teve um percurso exemplar em matéria de democracia, de pluralismo e de defesa dos direitos das mulheres", ressaltou Hollande.

Apesar dos tumultos, a Tunísia, pioneira da Primavera Árabe, realizou sua transição de maneira efetiva, culminando em eleições no final de 2014. Sua estabilidade, no entanto, não deixa de se ver ameaçada pela progresso jihadista e por dificuldades econômicas e sociais, que justamente desencadearam a revolução de 2011.


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