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Estado de Minas

Colômbia: governo e Farc avançam com retirada de minas e indenização das vítimas


postado em 27/03/2015 18:46

Bogotá e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) concluíram, nesta sexta-feira, a 34ª rodada de diálogo de paz, avançando rumo à retirada de minas no país, e com um pedido por parte da guerrilha pela antecipação do acordo sobre a indenização das vítimas do conflito.

"A boa notícia é que acertamos que os sítios (para retirada de minas) corresponderão a dois departamentos - Antioquia e Meta", disse à imprensa o chefe negociador do governo, Humberto de la Calle.

Também nesta sexta, a guerrilha convocou o governo para apressar a redação do acordo sobre a indenização das vítimas. Esse ponto está há sete meses em discussão.

Queremos "insistir em antecipar a redação de acordos para a indenização das vítimas de todos os envolvidos em diferentes momentos do histórico conflito", declarou o chefe negociador da guerrilha, Iván Márquez.

"Agora, todos devemos nos concentrar em redigir o tema das vítimas, em redigir o acordo", defendeu Márquez.

"Queremos redigir o acordo já. Temos princípios acertados que vão servir de preâmbulo, mas vamos começar já a redigir o acordo", insistiu o representante da guerrilha.

"Não nos cansaremos de repetir: as vítimas são o eixo fundamental dessas conversas", afirmou De la Calle, que falou cerca de uma hora depois das Farc e admitiu, porém, que o diálogo teve continuidade com o quinto tópico da agenda - ou seja, o desarmamento.

A indenização das vítimas é o quarto de uma agenda de seis pontos acordada entre o governo de Juan Manuel Santos e as Farc para as conversas de paz, iniciadas em Havana em novembro de 2012.

Mesmo sem chegar a um acordo sobre as vítimas, ambas as partes começaram a tratar do desarmamento.

"Somos plenamente conscientes de que, assim como tem de haver regras claras e segurança jurídica para as Farc, também temos de garantir a segurança jurídica dos membros das Forças Militares. As duas coisas vão juntas", explicou De la Calle.

Segundo o representante do governo, um acordo final para o fim do conflito armado de meio século "tem de incluir uma solução integral que ofereça garantias de segurança jurídica para todos e permita a satisfação dos direitos das vítimas de todas as partes do conflito".

Para um acordo final, a guerrilha reivindica, entre outras demandas, uma reestruturação das Forças Armadas e de sua filosofia militar, assim como a extinção dos grupos paramilitares.

O próximo ciclo de negociações - o 35º - será de 9 a 19 de abril, informou o governo.


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