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Estado de Minas

Milícias xiitas se retiram da ofensiva em Tikrit


postado em 26/03/2015 19:22

As milícias xiitas do Iraque se retiraram da linha de frente da maior ofensiva terrestre até o momento para recuperar a cidade de Tikrit das mãos dos jihadistas do Estado Islâmico (EI), permitindo às tropas de Bagdá tomar a iniciativa - informou um general americano.

Em uma audiência com legisladores em Washington, o chefe do Comando Central dos Estados Unidos (CentCom), general Lloyd Austin, afirmou que as milícias xiitas se retiraram da região e, agora, as forças especiais e a polícia do Iraque estão "limpando" Tikrit.

Segundo o general Austin, como pré-condição para o envolvimento da coalizão em Tikrit, os Estados Unidos exigiram que o governo iraquiano ficasse encarregado da operação.

O comandante explicou que a ofensiva sobre Tikrit teve uma "abordagem ruim" no início, com forças "não controladas pelo governo iraquiano" - uma provável referência às milícias xiitas.

Agora, o combate é travado com cerca de quatro mil homens das Forças Especiais e da Polícia iraquianas, completou o general Austin.

Nesta quinta à noite, fontes das milícias xiitas relataram que suas lideranças vão se reunir para decidir o próximo passo a dar.

Autoridades dessas milícias acusaram os Estados Unidos e a coalizão de quererem "roubar a vitória" em Tikrit, enquanto suas forças, equipadas e assessoradas por Teerã, teriam completado a tarefa mais difícil até agora - segundo eles - nessa batalha.

Deflagrada em 2 de março, a ofensiva iraquiana em Tikrit envolve milhares de iraquianos, soldados, policiais e paramilitares aliados, além das chamadas "Unidades de Mobilização Popular", compostas essencialmente por milicianos xiitas apoiados pelo Irã.

França e EUA atacam

A França lançou um ataque aéreo pela primeira vez, na noite de quarta-feira, contra a região de Tikrit, anunciou o porta-voz do Estado-Maior do Exército.

"Lançamos um ataque durante a noite no âmbito de uma missão da coalizão na região de Tikrit", declarou o funcionário, ressaltando que este foi o primeiro desde o início da ofensiva iraquiana em Tikrit.

O funcionário não especificou quais aviões franceses foram utilizados para os ataques, nem os alvos da ofensiva.

Horas antes, os Estados Unidos anunciaram ter lançado, com seus aliados da coalizão, ataques aéreos para combater o EI em Tirkit - "a pedido do primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi".

Desde quarta, os EUA fizeram 17 ataques aéreos sobre essa cidade situada a 160km ao norte de Bagdá.

O general americano James Terry, que dirige o Comando dos EUA responsável pela ofensiva aérea (CJTF), explicou que os ataques de ontem tinham como objetivo "destruir os bastiões do EI com precisão, salvando a vida de iraquianos inocentes e minimizando os danos colaterais em infraestrutura".

Na semana passada, um porta-voz da Cruz Vermelha informou que se estima em quase 30 mil o número de civis vivendo hoje em Tikrit.

Há algum tempo, Washington vinha mantendo reservas quanto à possibilidade de intervenção, sobretudo, devido ao apoio ativo do Irã às milícias xiitas no terreno.

A postura mudou após o pedido do premiê Al-Abadi.

Depois de um lento avanço terrestre nas primeiras semanas, "a operação começa agora, na verdade", afirmou uma fonte da Defesa americana, entrevistada pela AFP.

A tomada de Tikrit, reduto do falecido ditador Saddam Hussein, representará um golpe significativo para o EI. Esta é uma das cidades mais populosas controladas pelo grupo extremista sunita no Iraque.


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