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Estado de Minas

Copiloto derrubou deliberadamente avião da Germanwings, diz promotor

De acordo com o promotor de Marselha, que investiga as causas do acidente que matou 150 pessoas, o tripulante, um alemão de 28 anos, se trancou na cabine e fez a aeronave cair


postado em 26/03/2015 09:21 / atualizado em 26/03/2015 14:13

Copiloto do avião da Germanwings havia sido contratado em setembro de 2013 e tinha 630 horas de voo(foto: Reprodução Facebbok)
Copiloto do avião da Germanwings havia sido contratado em setembro de 2013 e tinha 630 horas de voo (foto: Reprodução Facebbok)

O Airbus A320 da Germanwings, que caiu na terça-feira no Alpes franceses, Sudeste da França, matando 150 pessoas, foi derrubado deliberadamente pelo copiloto da aeronave. A informação é do promotor de Marselha, Brice Robin, encarregado das investigações. Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, o promotor confirmou as informações divulgadas pela imprensa, dando conta de que o piloto do avião ficou trancado fora da cabine e que o copiloto acionou o mecanismo de descida do aparelho, provocando o acidente.

As afirmações de Brice Robin se baseiam em dados contidos na caixa preta do Airbus, recuperada pelas equipes de resgate dos corpos e dos destroços do A320. Na entrevista foi dito que o copiloto não estava em nenhuma lista de pessoas investigadas por terrorismo e que ainda não existem explicações para o ato do tripulante, o alemão Andreas Lubitz, de 28 anos. "Ele provavelmente tinha a intenção de destruir o avião", disse o promotor.

Os dados da caixa preta revelaram que o piloto se ausentou por alguns minutos da cabine de comando e, ao voltar, encontrou a porta fechada. Ele bateu de leve na porta e não foi atendido. Depois, bateu mais forte e pediu para a porta ser aberta, também sem resultado. As gravações mostram que o piloto tentou arrombar a porta, sem sucesso. Segundo Robin, os sons da caixa-preta dão a entender que o copiloto estava aparentemente bem e não parecia ter sofrido algum problema de saúde. Durante os dez minutos finais do voo, ele não abriu a porta e não emitiu nenhuma palavra. Era possível ouvir apenas a respiração dele.

As gravações também registram o desespero dos passageiros, que começaram a gritar pouco antes do impacto, único momento que se deram conta do que acontecia. "Nesses últimos minutos da gravação se ouvem os gritos do piloto e dos passageiros", disse.

A investigação ainda indica numerosos apelos de informação da torre de controle de Marselha e que não houve absolutamente nenhuma resposta. O promotor assegurou que as relações dos pilotos serão interrogadas pelas autoridades alemãs, que  deverá fornecer informações adicionais sobre a formação de Andreas Lubitz e a vida privada dele ainda nesta semana. O promotor preferiu não usar o termo “suicídio”, já que outras 149 pessoas estavam no avião.

PERFIL
O copiloto do avião da companhia Germanwings  havia sido contratado em setembro de 2013 e tinha 630 horas de voo de experiência, informou a Lufthansa à AFP.

Na cidade alemã de Montabaur, conhecidos de Lubitz disseram que ele estava perto de completar 30 anos e que não demonstrou sinais de depressão quando ele foi visto no ano passado, época em que renovou sua licença de piloto de planador. "Ele estava feliz com o emprego na Germanwings e estava indo bem", disse Peter Ruecker, membro do clube de planadores, que viu Lubitz aprender a voar.

Lubitz obteve sua licença de piloto de planador quando era adolescente e foi aceito no programa de treinamento de pilotos da Lufthansa após concluir os estudos numa difícil escola preparatória, disse Ruecker. Ele descreveu Lubitz como um jovem "quieto" mas amigável.

(foto: Soraia Piva/EM/ D. A Press)
(foto: Soraia Piva/EM/ D. A Press)


Com Agências


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