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Estado de Minas

Indignação na Austrália com tratamento da Indonésia a condenados à morte


postado em 06/03/2015 08:37

O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, denunciou nesta sexta-feira o tratamento dado a dois compatriotas condenados à pena de morte na Indonésia, após a divulgação de fotos que mostram os policiais da escolta ao lado dos réus com um sorriso.

"Considero que (as imagens) são inconvenientes e mostram uma falta de respeito e de dignidade. Manifestamos nossa indignação ao embaixador indonésio aqui em Canberra", declarou Abbott.

Andrew Chan e Myuran Sukumaran, condenados à pena capital em 2006 por comandarem uma rede de tráfico de heroína entre Indonésia e Austrália, foram transferidos na quarta-feira para a ilha de Nusakambangan, o que significa que a execução é iminente.

Os dois australianos estão entre os 10 condenados à morte que serão fuzilados em breve, um grupo que inclui réus do Brasil, França, Filipinas, Nigéria e Gana.

A Austrália, que afirma estar consternada com o procedimento de segurança e indignada pelas fotos feitas no avião que transportava os prisioneiros, tentou como última medida uma troca de prisioneiros com a Indonésia, mas Jacarta rejeitou a proposta.

Uma vez em Nusakambangan os condenados devem ser notificados da execução em um prazo de 72 horas, mas as autoridades indonésias informaram que as execuções não acontecerão esta semana.

Assim como a Austrália, Brasil e França intensificaram a pressão sobre Jacarta. Paris convocou o embaixador da Indonésia na França em 17 de fevereiro e a presidente Dilma Rousseff não recebeu as credenciais do embaixador indonésio.

O brasileiro Rodrigo Gularte, de 42 anos, condenado à morte por entrar no país com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surf, está preso na Indonésia desde 2004 e sua família tenta provar às autoridades que sofre de esquizofrenia para evitar o fuzilamento, com a transferência para um centro psiquiátrico.

No dia 18 de janeiro, a Indonésia executou o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, um holandês, um vietnamita, um malauiano e um nigeriano. As primeiras execuções no país desde 2013 provocaram uma onda de indignação internacional.


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