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Estado de Minas

Egito expulsa jornalista australiano da Al-Jazeera condenado à prisão


postado em 01/02/2015 20:31

O Egito ordenou, neste domingo, a expulsão do jornalista australiano Peter Greste, do canal Al-Jazeera, condenado a sete anos de prisão por ter divulgado "informações falsas" e ter apoiado a Irmandade Muçulmana do presidente destituído Mohamed Mursi.

Uma fonte do ministério do Interior confirmou a expulsão de Peter Greste, detido em dezembro de 2013 ao lado do jornalista Mohamed Fadel Fahmy (que tem cidadania egípcia e canadense), ambos acusados de terem instalado, sem autorização, um escritório da emissora no quarto de um hotel.

Um funcionário do aeroporto do Cairo informou que o jornalista embarcou na primeira hora da tarde, hora local, em um voo regular da Egypt Air com destino ao Chipre.

"A decisão de expulsar Peter Greste para a Austrália foi tomada por decreto presidencial", disse a fonte.

A emissora Al-Jazeera celebrou a libertação do repórter australiano, mas pediu a libertação dos outros jornalistas detidos no Egito.

"Estamos felizes de que Peter e sua família possam estar reunidos", declarou Mostefa Souag, diretor geral interino da Al-Jazeera Media Network.

"Não estaremos tranquilos até que Baher (Mohamed) e Mohamed (Fahmi) também sejam libertados", completou, em referência aos outros dois jornalistas da emissora que permanecem detidos no Egito.

A primeira-ministra australiana, Julie Bishop, que falou por telefone com o jornalista pouco após sua libertação, contou à agência de notícias Australian Associated Press que ele se sentia "imensamente aliviado" e "desesperado em voltar para casa", após mais de 400 dias de detenção.

Após o anúncio de libertação de Greste, o governo canadense anunciou esperar a pronta liberação do jornalista egípcio-canadense Mohamed Fahmy.

O ministro das Relações Exteriores canadense, John Baird, disse estar "muito seguro de que o caso de Fahmy será resolvido rapidamente".

Os dois jornalistas foram detidos em plena crise entre o Egito e o Catar, após a destituição de Mursi em um movimento liderado pelo ex-comandante do exército e atual presidente, Abdel Fatah al-Sissi.

Os dois foram condenados, em junho de 2014, a penas entre sete e dez anos de prisão.

Quando foram detidos em um quarto de hotel transformado em escritório no Cairo, os repórteres não tinham a credencial obrigatória para jornalistas.

No julgamento, o colaborador egípcio da emissora Baher Mohamed foi condenado a 10 anos prisão.

Segundo um decreto recente promulgado por Sissi, os jornalistas estrangeiros condenados no Egito podem ser deportados para cumprir as penas em seus países de origem, mas é improvável que Greste ou Fadel Fahmy sejam julgados.

A detenção dos jornalistas provocou críticas em todo o mundo.


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