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Estado de Minas

Manifestantes pró-democracia voltam a protestar nas ruas de Hong Kong


postado em 01/02/2015 10:40

Milhares de manifestantes pró-democracia saíram neste domingo às ruas de Hong Kong pela primeira vez depois dos protestos de mais de dois meses no fim 2014 para exigir um sufrágio universal "verdadeiro".

Com guarda-chuvas amarelos, símbolo do movimento, os manifestantes caminharam pelo centro da cidade para defender a possibilidade de escolher livremente o chefe de Governo local nas eleições de 2017.

Os organizadores anunciaram a presença de 13.000 pessoas, um número bem abaixo dos 50.000 manifestantes esperados. A polícia divulgou um balanço de 8.000.

"O protesto não foi pequeno. Foi menor do que o esperado, mas é falso afirmar que os habitantes de Hong Kong cederam ante uma falsa democracia", disse Daisy Chan, uma das organizadoras.

A manifestação foi pacífica e os ativistas não demonstraram interesse em voltar a ocupar as ruas.

"Não temos um plano (para voltar a ocupar as ruas). Se outros desejarem, terão que fazer sozinhos", disse à AFP Alex Chow, um dos líderes dos estudantes.

Até o momento o movimento não conseguiu nenhuma concessão, nem do governo local nem de Pequim.

"Só queremos expressar nossa frustração com o governo de Hong Kong", disse Ronnie Chang, comerciante de 40 anos.

"Sabemos que não podemos fazer grande coisa, mas se abandonarmos, nada mudará", completou.

"Continuamos pedindo aos habitantes que se unam ao movimento pró-democracia", afirmou Daisy Chan, uma das organizadoras.

A situação política é tensa em Hong Kong, onde até 100.000 pessoas protestaram ano passado para pedir mais liberdades. Entre setembro e dezembro, o movimento ocupou bairros inteiros, o que em alguns casos provocou confrontos com a polícia.

Depois da irritação de parte dos sete milhões de habitantes de Hong Kong, as autoridades desmantelaram sem maiores incidentes os acampamentos que afetavam a vida diária na cidade.

Os fundadores do movimento Occupy, origem dos protestos, e os líderes estudantis como Joshua Wong estavam presentes na manifestação deste domingo.

A China aceito no ano passado o princípio de sufrágio universal em Hong Kong - um território que tradicionalmente te mais liberdades democráticas que o restante do gigante asiático. Mas apenas dois ou três candidatos poderão disputar as eleições de 2017 e isto depois do aval de um comitê oficial, o que, segundo os manifestantes, garante a eleição de um "fantoche" de Pequim.

"Espero que a população entenda que se aceitarmos isto agora, será assim para sempre", advertiu o ativista Benny Tai.


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