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Estado de Minas

Itália: novo presidente fala sobre dificuldades e esperanças do povo italiano


postado em 31/01/2015 15:19

Roma, 31 - Em seu primeiro discurso como novo presidente eleito da Itália, o juiz Sergio Mattarella mostrou o porquê de sua reputação de homem de poucas palavras. "Meus pensamentos estão, antes de tudo, em linha com as dificuldades e as esperanças dos nossos colegas cidadãos. Isso é suficiente", disse, referindo-se à situação econômica difícil do país.

A eleição de Mattarella ficou definida a partir do momento em que ele alcançou 505 votos no Congresso, uma maioria simples. No total, o ex-ministro de 73 anos, que tem raízes políticas na centro-esquerda, recebeu a aprovação de 665 parlamentares, entre os 1009 possíveis eleitores.

O novo presidente, viúvo e com três filhos adultos, está morando agora nos aposentos modestos da Corte Constitucional de Justiça de Roma. Ele fará o juramento oficial para receber o mandato de sete anos nesta terça-feira.

O primeiro-ministro Matteo Renzi pressionou fortemente seus aliados para que eles votassem no juiz, e alguns insatisfeitos do partido governista ficaram incomodados com a imposição da escolha do dirigente sobre eles. A vitória de Mattarella dá sinais de que Renzi não conseguiu ainda selar as rachaduras no principal partido da coalizão do governo.

O partido de oposição do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi havia ameaçado votar em branco. Mesmo reconhecendo as credenciais de Mattarella como protetor da Constituição e árbitro em crises políticas, os oposicionistas insistiam que Renzi deveria ter chegado a um acordo com Berlusconi antes de anunciar um candidato.

Há 20 anos, o recém-nomeado presidente acusou Berlusconi de conflito de interesses, por estar envolvido com empresas de mídia no país. Ele também renunciou ao cargo de ministro da Educação em 1990 para protestar contra uma legislação que ajudou o ex-primeiro-ministro a transformar o que eram então diversos canais locais de televisão em um império midiático.

Mattarella, um siciliano, chegou ao Parlamento em 1983. O Partido Democrata Cristão, do qual fazia parte, foi dizimado por escândalos de corrupção nos anos 90, dos quais ele escapou ileso. Seu irmão mais velho, Piersanti, foi morto pela máfia em 1980. Fonte: Associated Press.


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