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Estado de Minas

Jovem armado invade estúdio de TV pública holandesa e acaba preso


postado em 30/01/2015 00:40

Um homem armado invadiu um estúdio da emissora de rádio e televisão holandesa (NOS), que exibe o telejornal das 20h, antes de o programa ir ao ar, e pediu tempo para falar antes de ser dominado e detido, segundo imagens divulgadas pela emissora.

Posteriormente, constatou-se que a arma do invasor era falsa.

"O suspeito tinha uma arma falsa impossível de diferenciar de uma verdadeira", informou a polícia holandesa em sua conta no Twitter, ressaltando que o rapaz, de 19 anos, não tem antecedentes.

De acordo com um vídeo de cerca de cinco minutos divulgado online no site da NOS, o homem, de terno preto, gravata e camisa branca, tinha na mão o que parecia ser uma pistola equipada com silenciador. Ele soltou a arma após ser dominado por quatro policiais.

Eram pouco antes das 20h locais (17h de Brasília), quando o jovem invadiu a emissora e exigiu, por motivos até agora desconhecidos, o direito de falar, antes de ser dominado, noticiou a agência ANP e segundo imagens difundidas pela própria NOS.

De acordo com a emissora, o homem ameaçou um segurança com a arma e pediu para ser levado ao estúdio do telejornal. O guarda o levou, porém, a um estúdio diferente, onde a cena foi gravada.

O prédio foi evacuado, e o telejornal, que estava prestes a começar, não foi ao ar, embora o homem não tenha invadido este estúdio em particular, como havia sido informado anteriormente.

Mais cedo, em coletiva de imprensa, as autoridades informaram que o sequestrador era um jovem de 19 anos, originário de Pijnacker, oeste da Holanda.

A polícia abriu uma investigação sobre o episódio, e a casa do suspeito foi revistada nesta quinta-feira à tarde, segundo a mesma fonte.

Inicialmente, a imprensa local publicou que o jovem, identificado como Tarik, estuda na Universidade Técnica de Delft (oeste) e, há pouco tempo, teria perdido os pais. Essa versão já foi desmentida. Seus pais (o pai é de origem egípcia) estão divorciados, e ele vivia com a mãe.

"Com base nos elementos de que dispomos, o homem agiu sozinho", declarou o ministro holandês da Justiça e Segurança, Ivo Opstelten, em uma primeira reação.

Os estúdios da TV pública ficam em Hilversum, no sudeste de Amsterdã.

Dizendo-se pertencer a "um coletivo de hackers", o homem armado fez refém brevemente um funcionário de NOS, que não apareceu no vídeo e com quem falou durante quatro minutos.

Somente o início da breve tomada de refém foi exibida na TV. Uma mensagem divulgada na tela indicava "um momento, por favor". O restante do vídeo foi gravado sem, no entanto, ser difundido ao vivo.

Expressando-se calmamente, mas de forma confusa, o homem pediu para ser posto no ar. "As coisas que serão ditas são de importância mundial", afirmou.

"Nós fomos contratados pelos serviços secretos e sabemos de coisas que deixam a sociedade em dúvida. E vamos revelá-las agora", prosseguiu.

Assim que quatro policiais holandeses entraram no estúdio, apontando suas armas para o homem, ele imediatamente soltou a arma, ergueu as mãos para o alto e foi detido.

'Um cara muito normal'

Entrevistado pela televisão holandesa em Pijnacker, um jovem, que disse jogar futebol com Tarik, contou que era "um cara muito normal".

Um colega da universidade relatou que Tarik não assistia às aulas há três semanas. Ele o descreveu como alguém interessado por política, com particular preferência por teorias conspiratórias - "mas nada radical".

"Estou 100% convencido de que não fez isso por convicções islamitas, por exemplo", frisou o estudante.

O jornalista da NOS Martin Bink disse que, ao ser preso, Tarik "dava a impressão de estar muito calmo".

Em entrevista coletiva à noite, o prefeito de Hilversum, Pieter Broertjes, comentou: "desde o que aconteceu em Paris, estamos mais bem preparados. Não se sabe nunca quando alguma coisa pode acontecer, mas o fato de termos nos preparado permitiu uma intervenção rápida".

Segundo a polícia, "a intervenção foi rápida e adequada".


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