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Estado de Minas

Para presidente ucraniano, sanções mantém a Rússia na mesa de negociações


postado em 20/01/2015 11:01

Zurique, Suíça, 20 - O presidente ucraniano Petro Poroshenko diz que ainda espera que conversações com a Rússia levem a o final dos conflitos com separatistas pró-Moscou no leste do país, apesar do recente aumento da violência na região.

Em entrevista a um pequeno grupo de repórteres, ele disse que as sanções ocidentais estão dando resultado, afinal a Rússia continua na mesa de negociações, embora ele tenha acusado o Kremlin de enviar mais de 1.000 soldados para o lado ucraniano da fronteira nos últimos dias, elevando para 9 mil o total de militares russos em seu território. Ele não apresentou provas desta última suposta ação russa e o Kremlin continua a negar o envio de soldados para a Ucrânia e o fornecimento de armas para os rebeldes, afirmação rejeitada pelo Ocidente.

Embora os confrontos tenham levado a um impasse, uma solução militar "não existe", afirmou Poroshenko. Segundo ele, o apoio da Europa e dos Estados unidos é crucial para estabelecer um acordo de paz. O presidente afirmou que as sanções estão forçando a Rússia a levar as negociações com seriedade.

"A coisa mais importante é que as sanções estão funcionando", disse ele, acrescentando que elas não estão "apenas levando alguns problemas para a Rússia, mas são um instrumento para manter o país na mesa de negociações".

Poroshenko disse também que uma resolução para o conflito, que já deixou mais de 4.700 mortos, é uma "questão em separado" do destino da Crimeia, a península ucraniana que Moscou anexou em março. Enquanto o apoio público de Moscou aos separatistas no leste vem aparentemente diminuindo nos últimos meses, o Kremlin permanece inabalável na questão da Crimeia.

Nesta terça-feira, agências de notícias russas citaram o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, responsabilizando Kiev pela retomada dos confrontos. Ele também advertiu que fazer planos para uma reunião com os líderes da Rússia, Ucrânia, Alemanha e França é algo que provavelmente não trará resultados.

Houve uma redução nos confrontos durante o Natal e o Ano Novo, ajudada em parte por um acordo fechado em dezembro. Embora o acordo de Minsk, de setembro, peça que os dois lado retirem seus armamentos, ninguém atendeu a exigência.

Os dois lados acusam-se mutuamente por interromper a paz. Nos últimos dias, têm havido pesados confrontos pelo comando do aeroporto na parte leste de Donetsk.

Poroshenko declarou que seu país quer um acordo de paz porque "a guerra é muito cara". A Ucrânia tem um programa de empréstimos de US$ 17 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e deve pedir mais US$ 15 bilhões. O presidente negou-se a dizer a quantia extra de recurso que Kiev precisa nos próximos dois anos, mas disse estar confiante de que a ajuda virá. Fonte: Dow Jones Newswires.


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