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Estado de Minas

Princesa Cristina será julgada por fraude na Espanha

Irmã do rei Felipe VI e seu marido são acusados de corrupção. Cristina é a primeira integrante da família real do país a ser julgada num tribunal


postado em 22/12/2014 11:19 / atualizado em 22/12/2014 11:28

(foto: JAIME REINA / FILES / AFP)
(foto: JAIME REINA / FILES / AFP)
O juiz espanhol José Castro ordenou nesta segunda-feira que a irmã do rei da Espanha, princesa Cristina, seja julgada, juntamente com seu marido, por acusações de corrupção. A medida faz dela a primeira integrante da família real do país a ser acusada num tribunal desde que a monarquia foi restaurada na Espanha, em 1975.

Ao emitir a acusação, o juiz foi contra a recomendação da promotoria, emitida em 9 de dezembro, segundo a qual Cristina deveria ser multada e apenas seu marido, o ex-medalhista olímpico de handebol Inaki Urdangarin, deveria ser julgado.

Castro estabeleceu uma fiança de 2,7 milhões de euros (US$ 3,3 milhões) para a princesa e de 15 milhões de euros para seu marido. Se condenada, Cristina, de 49 anos, pode pegar até quatro anos de prisão.

Dentre as evidências reunidas por Castro está o suposto abuso de fundos da Aizoon, imobiliária e empresa de consultoria de propriedade de Cristina e do marido, para cobrir as despesas da casa do casal em Barcelona e os gastos com aulas de salsa e estadias em hotéis de luxo.

Os problemas legais da irmã do rei Felipe VI, que vieram à tona durante uma investigação que durou quatro anos, prejudicou a imagem da monarquia e foram vistos como exemplos extremos dos excessos da realeza enquanto o país enfrentava altas taxas de desemprego e a economia afundava.

O caso se concentra nas acusações de que Urdangarin usou seu título de Duque de Palma para desviar cerca de 6 milhões de euros (US$ 7,4 milhões) em contratos públicos por meio do Instituto Noos, uma fundação sem fins lucrativos que ele fundou com um parceiro de negócios, e que canalizava dinheiro para outras empresas, dentre elas a Aizoon.

Os advogados de Cristina disseram que ela é inocente. O promotor Pedro Horrach recomendou que as acusações, que podem resultar em até 19 anos de prisão, fossem feitas contra Urdangarin e que Cristina deveria ser indiciada, mas apenas pagaria 580 mil euros para cobrir a quantia que ela teria lucrado com os supostos acordos ilegais do marido.

Castro tinha a opção de aceitar as recomendações de Horrach ou fazer com que Cristina fosse julgada por outro juiz. O caso deve ir a julgamento no final de 2015 nas ilhas de Palma de Mallorca, onde aconteceram a maioria dos supostos crimes.

Durante aparição perante Casto, em fevereiro, Cristina negou ter conhecimento das atividades do marido. Ela e Urdangarin mudaram-se para a Suíça em 2013, onde ela trabalha para a fundação do banco espanhol La Caixa, que financia uma série de programas para ajudar os necessitados e promoter a cultura.

O irmão de Cristina, Felipe, de 46 anos, tornou-se rei em junho quando seu pai, Juan Carlos, abdicou após quatro anos de reinado. Felipe prometeu restaurar a confiança da população na monarquia e ordenou uma remodelação palaciana, o que significa que Cristina e sua irmã, a princesa Elena, não são mais membros da família real.


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