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Estado de Minas

Opositor Essebsi canta vitória nas eleições tunisianas; presidente contesta


postado em 21/12/2014 16:25

O ex-primeiro-ministro e líder do principal partido da Tunísia, Beji Caid Essebsi, reivindicou neste domingo a vitória no segundo turno das eleições presidenciais, um resultado contestado por seu adversário, o presidente em fim de mandato, Moncef Marzuki.

"Os indicadores que temos (...) apontam para uma vitória de Beji Caid Essebsi", afirmou o diretor de campanha do candidato da oposição a jornalistas e simpatizantes na sede do comitê de campanha de Essebsi, considerado favorito.

Marzuki considerou "infundado" o anúncio de vitória do adversário nestas eleições, das quais sairá o primeiro chefe de Estado eleito democraticamente desde a independência do país, em 1956.

Os tunisianos comparecem às urnas neste domingo para segundo turno da eleição presidencial para escolher entre o candidato da situação e o veterano opositor.

Quase 5,3 milhões de eleitores estavam registrados para votar e escolher entre Marzuki, de 69 anos, e Essebsi, de 88 anos e líder do partido anti-islamista Nidaa Tunes, vencedor das legislativas de outubro.

Com a votação, os tunisianos esperam deixar para trás quatro anos de difícil transição, desde a queda, em janeiro de 2011, de Zine el Abidine Ben Ali, que marcou o início da Primavera Árabe.

Como demonstração do clima de tensão no país, na madrugada de domingo um homem foi morto quando tentou atacar uma unidade militar que fazia a segurança de material eleitoral em uma escola de Kairuan (região central do país).

"A melhor maneira de responder é comparecer em massa e de maneira tranquila às eleições", disse o primeiro-ministro Mehdi Jomaa.

As seções eleitorais abriram às 8H00 locais (5H00 de Brasília) e o fechamento estava previsto para as 18H00 (15H00 de brasília).

Os resultados finais poderão ser divulgados na segunda-feira, de acordo com a junta eleitoral, que tem prazo até 24 de dezembro para anunciar o nome do homem que será o presidente pelos próximos cinco anos.

Habib Burguiba, o primeiro presidente do país, e Zine El Abidine Ben Ali, que em janeiro de 2011 fugiu para a Arábia Saudita após uma revolta popular, sempre recorreram à fraude ou a um tipo de plebiscito. Marzuki foi designado para o cargo após um acordo político com os islamitas do partido Ennahda.


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