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Estado de Minas

Acordo EUA-Cuba dificultará confronto político, diz agente libertado


postado em 20/12/2014 21:55

A reconciliação diplomática de Estados Unidos e Cuba tornará "mais difícil" a confrontação política, que persistirá, declarou neste sábado o agente cubano Ramón Labañino, um dos libertados como parte dos históricos acordos entre os presidentes Barack Obama e Raúl Castro.

O histórico acordo com Washington "é um desafio para as gerações presentes e futuras, porque a disputa fica mais completa e difícil", comentou Labañino, em seu primeiro contato com a imprensa, após sua chegada a Cuba na última quarta-feira.

Cercado por deputados que pediam para tirar foto com ele ao final da sessão semestral do Parlamento, o agente afirmou que "a luta e suas intenções não vão mudar, o que vai mudar são os métodos. Temos de demonstrar que estamos à altura disso".

Labañino foi solto junto com Antonio Guerrero e Gerardo Hernández, após uma troca por um "espião de origem cubana" a serviço dos Estados Unidos, como parte das negociações. Como gesto de boa vontade, Cuba também libertou o funcionário americano terceirizado Alan Gross, preso desde 2009 na ilha.

Os três agentes fazem parte dos cinco cubanos detidos em 1998 nos Estados Unidos e condenados por espionar grupos anticastristas de Miami. Dois deles, René González e Fernando González, foram libertados anteriormente após cumprir suas sentenças.

Os cinco agentes foram declarados "Heróis da República" pelo Parlamento cubano há anos, e Havana desenvolveu uma grande campanha internacional para obter sua libertação.

"É uma realidade totalmente diferente", mas "o governo dos Estados Unidos vai continuar defendendo a maneira deles, sua visão. Nós devemos nos concentrar em aperfeiçoar nossa sociedade e assumir a nova realidade política com otimismo e, ao mesmo tempo, prepararmo-nos para as circunstâncias que vêm, que são diferentes", disse à AFP Fernando González.

Já René González destacou o diálogo adotado, desta vez, por Cuba e pelos Estados Unidos, após 53 anos de forte rivalidade.

"O intercâmbio civilizado, o diálogo, a conversa é o melhor caminho, no qual cada um defenda suas posições", disse à imprensa.


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