O ministro venezuelano da Defesa, Vladimir Padrino, advertiu neste sábado que as sanções impostas pelos Estados Unidos contra funcionários do país sul-americano têm como objetivo promover atos violentos, como os protestos da oposição no início de 2014.
"A ingerência dos Estados Unidos busca promover a violência" e "inibir as instituições diante de atos violentos", denunciou o mais alto chefe militar do país, ao se referir às sanções durante uma entrevista ao canal Telesur.
O também chefe do Comando Estratégico Operacional das Forças Armadas considerou as medidas como uma estratégia de "guerra não convencional" dos EUA contra a Venezuela, assim como contra outros países, entre eles Síria, Bolívia e Egito.
Na última quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sancionou uma lei aprovada pelo Congresso americano para punir funcionários venezuelanos de alto escalão, após acusá-los de violação dos direitos humanos de opositores, nos protestos que varreram o país de fevereiro a maio. Pelo menos 43 pessoas morreram, e mais de 800 ficaram feridas nas manifestações.
A iniciativa proíbe a entrada nos EUA de indivíduos suspeitos de envolvimento na repressão aos opositores, além de bloquear seus eventuais bens em solo americano.