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Estado de Minas

Itamaraty diz que visitou brasileiro preso na Bulgária acusado de terrorismo

Segundo nota divulgada pela Interpol, ele se dirigia à Síria, junto com dois marroquinos, para se unir à facção radical Estado Islâmico


postado em 20/12/2014 17:09 / atualizado em 20/12/2014 18:54

O Itamaraty informou neste sábado que visitou o brasileiro de 18 anos, natural de Formosa, em Goiás, acusado de terrorismo e preso na Bulgária, na última terça-feira. A assessoria contactada pela reportagem do em.com.br informou que tem prestado assistência consular, mas que não tem, até o momento, mais informações sobre o caso. O órgão também se recusou a informar a identidade do brasileiro detido.

Em nota divulgada pela internet, no dia 16, a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) confirmou que três homens procurados pelas autoridades de Madri foram detidos no posto de controle Kapitan Andreevo, na fronteira da Bulgária com a Turquia, na noite de segunda-feira. Dois deles viajavam com passaporte marroquino e um terceiro tinha documentos brasileiros. De acordo com a Interpol, os suspeitos estariam a caminho da Síria, onde lutariam nas fileiras do Estado Islâmico. As detenções ocorreram horas depois de a polícia internacional emitir um alerta.

A prisão do goiano e dos dois marroquinos, suspeitos de “envolvimento em um grupo terrorista”, começou a se desenhar às 12h30 (8h30 em Brasília) de segunda-feira, quando a Agência Nacional de Segurança da Bulgária (SANS, pela sigla em búlgaro) foi informada sobre a presença dos suspeitos em seu território. Cerca de 45 minutos depois, eles foram capturados quando tentavam ingressar na Turquia. O trio permanece detido na carceragem da SANS em Haskovo, no sudoeste do país. A previsão é de que a extradição ocorra em até 48 horas — os suspeitos estão à disposição da promotoria e do Ministério do Interior. Como o brasileiro mora há alguns anos em Barcelona, ele deverá ser devolvido à Espanha.

Outro caso

A depressão teria levado o brasileiro Brian Rodrigues, 21 anos, a abandonar a família em Antuérpia, na Bélgica, para combater no Estado Islâmico, no fim de 2012. Dispensado de um clube de futebol, o rapaz sofreu radicalização em uma mesquita da cidade durante dois anos, antes de partir para a Síria. No dia em que viajou, ele deu uma declaração reveladora à irmã: “Você nunca mais vai me ver”. Em setembro, a mãe dele deu uma entrevista à TV Globo, onde falava do medo de perder o filho. “Eu tenho medo de eles colocarem ele para se explodir. Eu seria capaz de fazer tudo. Eu seria, inclusive, capaz de dar a minha cabeça para ver o meu filho de volta”, lamentou.

Com Rodrigo Craveiro e AFP


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