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Estado de Minas

ONGs condenam primeiras execuções desde 2008 no Paquistão


postado em 20/12/2014 15:31

Duas importantes organizações de direitos humanos condenaram energicamente neste sábado as primeiras execuções em seis anos no Paquistão, no momento em que o governo endurece a luta contra os jihadistas após o massacre a uma escola na última terça-feira.

Na sexta, o Paquistão enforcou dois condenados à morte por "atividades terroristas", pondo fim a uma moratória em vigor desde 2008 sobre a execução de penas capitais para civis.

Islamabad anunciou o término dessa moratória logo após o ataque de terça-feira contra uma escola de Peshawar (noroeste), cometido por um comando de rebeldes talibãs. Entre os 149 mortos, havia 133 estudantes.

As execuções mostram que "o governo do Paquistão escolheu se lançar a uma vingança sanguinária em vez de procurar e julgar os responsáveis pelo horrível ataque de Peshawar", declarou a organização Human Rights Watch (HRW), em nota divulgada neste sábado.

"Essa é uma reação cínica do governo, com o objetivo de mascarar seu fracasso na hora de enfrentar o tema fundamental em torno do ataque em Peshawar: sua incapacidade de proteger a população civil do noroeste do Paquistão", afirmou a Anistia Internacional.

Segundo várias fontes, o Paquistão, um país de 200 milhões de habitantes, tem cerca de oito mil condenados à morte. Desses, 500 foram condenados por atividades consideradas "terroristas" pelo governo e podem ser afetados pelo fim da moratória.


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