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Morre escritora britânica de ficção policial P.D. James

P.D. James foi autora de vinte obras, muitas protagonizadas pelo detetive e poeta Adam Dalgliesh. Uma de suas obras mais famosas, "Children Of Men", foi levada ao cinema como "Filhos da Esperança" pelo diretor mexicano Alfonso Cuarón e protagonizada por Julianne Moore e Clive Owen


postado em 27/11/2014 13:46 / atualizado em 27/11/2014 19:45

Escritora britânica P. D. James posa em sua casa em Londres(foto: AFP PHOTO/STR)
Escritora britânica P. D. James posa em sua casa em Londres (foto: AFP PHOTO/STR)
A escritora britânica de romances de ficção policial P.D.James morreu nesta quinta-feira, aos 94 anos, em sua casa em Oxford, anunciou sua editora. "Com grande tristeza, a família da escritora P.D. James, baronesa James de Holland Park (...), anuncia que ela morreu em paz em sua casa de Oxford", afirma o comunicado da Faber & Faber.

P.D. James foi autora de vinte obras, muitas protagonizadas pelo detetive e poeta Adam Dalgliesh. A maioria das histórias foi adaptada para o cinema e a televisão. Uma de suas obras mais famosas, "Children Of Men", foi levada ao cinema como "Filhos da Esperança" pelo diretor mexicano Alfonso Cuarón e protagonizada por Julianne Moore e Clive Owen.

Sua última obra foi "Death comes to Pemberley", publicada em 2011 e que se transformou em uma série da BBC. A trama dá prosseguimento ao clássico "Orgulho e Preconceito", de Jane Austen. Em 2000, celebrou seus 80 anos com a publicação de sua autobiografia "Time to Be in Earnest".

Primeiro romance

Phyllis Dorothy James nasceu em Oxford em 3 de agosto de 1920 e passou três décadas desempenhando várias atividades, parte delas no Departamento de Polícia do Ministério do Interior. Aos 42 anos, relativamente tarde, lançou seu primeiro romance, "A chantagista" ("Cover Her Face"), cuja adaptação para o rádio teve a participação do ator Hugh Grant fazendo a voz do detetive Dalgliesh.

Em 1991, recebeu o título de baronesa. Entre seus prêmios literários está o Pepe Carvalho, que leva o nome do detetive criado pelo escritor espanhol Manuel Vázquez Montalbán, concedido pela cidade de Barcelona em 2008. James escreveu em várias ocasiões sobre sua técnica literária e a origem de sua preferência pela ficção policial e de mistério, como em 2004, em um artigo publicado pelo jornal The Guardian.

"Comecei a contar histórias muito cedo, certamente antes de fazer dez anos. Minha irmã menor, meu irmão e eu dormíamos em um grande quarto. À noite, eles esperavam que eu contasse histórias até que não pudesse mais ou eles dormissem", contou na ocasião.

"Acho que soube que seria escritora tão logo aprendi a ler", acrescentou James, recorrendo a outro escritor inglês para explicar sua visão da trama de um romance. "E. M. Forster escreveu: 'o rei morreu e depois morreu a rainha', é uma história. 'O rei morreu e depois a rainha morreu de pena', é uma trama. 'A rainha morreu e ninguém soube de que até que descobriram que foi de pena', é um mistério - algo que pode ser desenvolvido".

"E a isso eu acrescentaria: 'a rainha morreu e todo mundo achou que era de pena até que descobriram um ferimento incisivo em sua garganta', é uma trama criminal, e, a meu ver, também permite um grande desenvolvimento", concluiu.


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