O comandante-em-chefe da Otan, o general americano Philip Breedlove, se reuniu nesta quarta-feira em Kiev com primeiro-ministro ucraniano Arseniy Yatsenyuk, que reiterou o desejo da Ucrânia de aderir à Aliança Atlântica.
Breedlove também deve se reunir com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, e após a reunião participará de uma coletiva de imprensa.
Após a anexação russa da Crimeia e desde o início do conflito no leste da Ucrânia, uma parte muito importante da opinião pública ucraniana é a favor da adesão do país à Otan.
A coalizão pró-ocidental que foi formada no Parlamento após as eleições em outubro prometeu alterar a legislação que define a Ucrânia como um país não-alinhado.
A perspectiva de adesão da Ucrânia à Otan é contestada pela Rússia, que quer manter o país em sua esfera de influência.
O fervor pró-Otan da Ucrânia é recebido com ceticismo no Ocidente, mesmo entre os países mais favoráveis a Kiev.
Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, descartou a adesão da Ucrânia à Otan.
Durante a visita do comandante da Otan, a Rússia anunciou o envio de 14 caças para a Crimeia, território ucraniano anexo em março deste ano.
Dez caças Su-27 e quatro Su-30 M2 foram enviados para a região de Krasnodar, no sul da Crimeia, anunciou a agência de notícias russa TASS.
Os aviões devem pousar no aeroporto de Belbek, em Sebastopol, porto da Frota russa do Mar Negro.