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Estado de Minas

Irã considera prolongar negociações nucleares em caso de fracasso em Viena


postado em 23/11/2014 09:55

O Irã considera prolongar as negociações nucleares por seis meses a um ano se não for alcançado um acordo político com as grandes potências nas reuniões que terminam na segunda-feira em Viena.

Depois de cinco dias de intensas negociações na capital austríaca, o Irã e o grupo 5+1 (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha) admitem divergências importantes, razão pela qual um acordo completo parece cada vez mais improvável.

Neste contexto, o Irã informou neste domingo que desejava deixar uma porta aberta à negociação em caso de fracasso. O programa nuclear iraniano é alvo de tensões internacionais há mais de dez anos.

"Seguimos concentrados em alcançar um acordo político até esta noite (...) mas se nesta tarde ou nesta noite não chegarmos a este ponto, a solução será considerar uma extensão do acordo interino de Genebra. Isso pode ter uma duração de seis meses ou um ano", declarou uma fonte iraniana à AFP.

O acordo de Genebra, assinado em novembro de 2013, inclui a suspensão de uma parte das atividades nucleares do Irã em troca de um levantamento parcial das sanções internacionais.

Este pacto entrou em vigor em janeiro por um período de seis meses e foi renovado por outros quatro meses para permitir que o Irã e as grandes potências alcançassem um acordo até 24 de novembro.

Se as negociações fracassarem, "é preciso evitar um clima de confronto com uma escalada de qualquer uma das partes", acrescentou a fonte iraniana.

A comunidade internacional quer que o Irã reduza suas capacidades nucleares para que qualquer uso de natureza militar seja excluído.

Teerã, que garante que seu programa é pacífico, reivindica o direito de ter um setor nuclear civil integral, e pede o fim das sanções econômicas que atingem o país.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, segue em Viena para prosseguir com as negociações com seu colega iraniano, Mohamed Javad Zarif.

Já o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, chegará a Viena neste domingo, segundo as agências russas.

Acordo materialmente impossível

A obtenção de um acordo completo, que inclua todas as dimensões técnicas, é agora materialmente impossível no prazo previsto, até a noite de segunda-feira, indicou uma fonte europeia. E mesmo a perspectiva de um mero acordo de princípio parece incerta.

Dois temas seguem bloqueando o acordo, segundo diversas fontes: a capacidade de enriquecimento de urânio de Teerã - que, segundo temem Israel e os ocidentais, pode conduzir a uma bomba atômica - e o ritmo de levantamento de sanções ocidentais contra o Irã.

Kerry reconheceu na noite de sábado que persistem divergências importantes nas negociações. No entanto, declarou que todos trabalham duro para alcançar um acordo.

Na noite de sábado pela primeira vez um funcionário do departamento de Estado admitiu que, embora os Estados Unidos continuem esperando um acordo sobre o programa nuclear iraniano antes de segunda-feira, também examinam outras opções.

No entanto, segundo uma fonte europeia "nada será acordado até que tudo esteja decidido, incluindo os anexos" técnicos.

"Cedo ou tarde, o Irã e o 5+1 assinarão um acordo", disse Ali Akbar Salehi, chefe do programa nuclear iraniano e ex-ministro das Relações Exteriores, em uma entrevista no sábado à rede de televisão libanesa Al-Manar.


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