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Estado de Minas

Cresce pessimismo quanto a acordo sobre programa nuclear do Irã


postado em 22/11/2014 20:22

As chances de um acordo completo e definitivo sobre o programa nuclear iraniano entre Teerã e as potências mundiais pareciam cada vez menores neste sábado, a apenas dois dias da data-limite estabelecida pelos envolvidos.

As opiniões do secretário de Estado americano, John Kerry, de seus homólogos europeus e de fontes iranianas convergiam, no sentido de ainda haver "divergências importantes" quanto a uma solução histórica para esse tema espinhoso.

Uma reunião entre Kerry e o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamed Javad Zarif, a quarta nos últimos dois dias, não teve qualquer resultado concreto.

"Discrepâncias importantes" persistem nas negociações, admitiu Kerry, ressaltando que todo mundo está trabalhando "duro" para conseguir um desfecho positivo.

Dois temas continuam bloqueando o acordo, segundo diferentes fontes: a capacidade de enriquecimento de urânio de Teerã e o ritmo da suspensão das sanções ocidentais contra o Irã.

As negociações não mostram "avanços significativos", disse uma fonte europeia, que pediu para não ser identificada, após cinco dias de reuniões.

"Há a possibilidade de que não se chegue a qualquer acordo até segunda", completou a fonte consultada pela AFP, insistindo em que, "nesse momento, a ideia de que podemos concluir tudo [antes de segunda] é fisicamente impossível".

"Mesmo se chegarmos a um acordo político, os anexos técnicos não estarão prontos. E, para nós, nada está acordado até que tudo esteja acordado, incluindo os anexos", explicou a fonte europeia.

"As negociações continuam centradas em um acordo, mas estamos falando, entre nós e nossos sócios, de um leque de opções sobre a melhor maneira de avançar", disse, por sua vez, um diplomata do Departamento de Estado americano à AFP.

Uma fonte da delegação iraniana também reconheceu que "o fosso continua sendo importante" e, agora, falta uma "decisão política" de todos os governos envolvidos.

China, Estados Unidos, França, Rússia, Reino Unido e Alemanha estão na mesa com o Irã. As primeiras discussões sobre o tema remontam a 12 anos.

O ministro francês das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, e o britânico Philip Hammond, também estão em Viena para dar mais peso às negociações. Fabius voltou neste sábado para Paris, mas retorna para a capital austríaca no domingo para assistir à continuação do diálogo.


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