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Estado de Minas

Palestinos matam dois israelenses em ataques com faca


postado em 10/11/2014 20:10

Uma jovem israelense morreu, e outras duas pessoas ficaram gravemente feridas, nesta segunda-feira, no ataque de um palestino armado na Cisjordânia; e um militar foi esfaqueado e faleceu em outra ação de militante palestino, em Tel Aviv.

Na Cisjordânia, um palestino saiu de um carro em uma área onde as pessoas pegam carona e atacou três civis com uma faca. A jovem israelense Dalia Lemkus, de 25 anos, morreu devido aos ferimentos, e o agressor, baleado por um guarda, foi levado para o hospital em estado grave.

Um homem de 26 anos e outro de 50 anos ficaram feridos e foram levados para o hospital após o ataque, ocorrido na região de Gush Etzion.

Em um segundo ataque com faca nesta segunda-feira, um palestino de 17 anos feriu gravemente um soldado israelense nas proximidades de uma estação em Tel Aviv. O militar não resistiu aos ferimentos e morreu.

Originário de um campo de refugiados de Nablus, no norte da Cisjordânia ocupada, o agressor teria entrado ilegalmente em Israel, segundo a polícia.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, convocou no fim do dia uma reunião de urgência com várias autoridades de segurança - de acordo com a imprensa local.

Netanyahu teria pedido um reforço dos efetivos de segurança, assim como a destruição "das casas dos terroristas", relataram seus assessores à AFP.

A porta-voz do Departamento de Estado americano, Jen Psaki, disse que os EUA "condenam com firmeza o esfaqueamento de hoje na Cisjordânia e lamentam profundamente a perda de vidas".

"Nossas condolências à família da vítima. É absolutamente necessário que ambas as partes tomem as medidas necessárias para proteger os civis e reduzir a tensão", frisou Psaki.

"Tem ocorrido uma série de problemas e incidentes que levam ao aumento da tensão na região. As duas partes devem fazer mais para resolvê-las", completou a porta-voz.

Os ataques ocorrem quando Israel vive uma escalada de violência, iniciada em julho em Jerusalém Oriental, e que se propagou no sábado para as cidades árabe-israelenses do norte.

Recentemente, Jerusalém foi palco de dois atropelamentos deliberados que deixaram quatro vítimas fatais. Os dois agressores palestinos foram mortos por policiais. Além disso, uma personalidade da direita ultranacionalista também foi gravemente ferida em uma tentativa de assassinato.

Apoio total de ministro aos policiais

Jerusalém está agora imersa em um ciclo diário de violência e, em vários bairros do lado oriental, jovens atiram regularmente pedras e rojões contra a polícia, que responde com balas de borracha, bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.

Mais de mil pessoas, incluindo dezenas de crianças, foram detidas na parte palestina ocupada e anexada de Jerusalém.

A preocupação dos palestinos quanto à Esplanada das Mesquitas catalisou a raiva, alimentada por múltiplas questões, entre elas, colonização, ocupação, prisões e guerra em Gaza.

Neste final de semana, a violência invadiu as cidades árabes de Israel, depois que um jovem que se opôs à prisão de um de seus parentes foi baleado pela polícia. Seu bairro, Kafr Kanna, viveu dois dias de distúrbios.

Um vídeo da morte de Kheir Hamdan, de 22 anos, coloca em xeque a versão da polícia, segundo a qual ele representava perigo. As imagens mostram o rapaz sendo baleado, aparentemente sem aviso prévio, por várias balas nas costas.

O ministro israelense de Segurança Interna, Yitzhak Aharonovich, voltou a defender a polícia. "Nós ficamos chocados ao ver um manifestante armado com uma faca, ameaçando policiais que vieram aplicar a lei", disse ele à Rádio do Exército. "Eu dou meu total apoio à polícia, que agiu para se defender e derrotar uma ameaça", insistiu.

'Uma execução'

Os árabe-israelenses, bem como os palestinos, denunciam uma "execução a sangue-frio" e dizem alimentar pouca esperança na investigação lançada pelo Ministério israelense da Justiça.

Vinte e quatro árabe-israelenses, incluindo dez menores de idade, acusados de envolvimento na violência em Kafr Kanna, deviam ser apresentados nesta segunda-feira a um juiz para a possível extensão de sua detenção sob custódia, segundo a polícia.

Descendentes de palestinos que permaneceram em suas terras quando Israel foi criada em 1948, os árabe-israelenses tinham se mantido distantes dos episódios de violência até então. Esses cidadãos israelenses denunciam a discriminação de longa data sofrida por parte de Israel, embora representem 20% da população.


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