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Estado de Minas

Justiça do Equador abre caminho para reeleição ilimitada de Correa


postado em 31/10/2014 21:52

A Corte Constitucional do Equador autorizou nesta sexta-feira ao Congresso que emende a Constituição para incorporar a reeleição ilimitada, o que permitirá ao presidente Rafael Correa prorrogar seu mandato para além de 2017, revela a imprensa equatoriana.

O tribunal, reunido na cidade de Guayaquil, determinou que o Parlamento poderá adotar 16 emendas propostas pelos deputados governistas, entre elas a reeleição ilimitada para todos os cargos eletivos.

A aprovação das iniciativas "procede por meio de emenda constitucional", o que faculta ao Legislativo promover seu trâmite, assinalou a Corte.

A decisão abre caminho para que Correa, no poder desde 2007, possa se candidatar a um novo mandato de quatro anos nas eleições de 2017.

A Corte apoiou a tese governista de que as emendas constitucionais são uma atribuição do Congresso e não necessitam de referendo, como afirmava a oposição.

"Parece" que a Corte Constitucional "aproveitou o dia de finados para enterrar um dos pilares da democracia equatoriana", reagiu o líder opositor Guillermo Lasso.

Segundo Lasso, a oposição recolherá as 600 mil assinaturas necessárias para que o tema seja submetido a consulta popular.

"Vamos iniciar, o mais rápido possível, o recolhimento das assinaturas visando convocar uma consulta popular que impeça a consumação desta barbaridade que hoje permitiu a Corte Constitucional", afirmou Lasso.

O líder opositor convocou "todos os equatorianos para esta cruzada dos que acreditam na democracia e querem apoiar a consulta popular". "Não vamos excluir ninguém" da luta.

Com a decisão da Corte Constitucional, o Parlamento deverá aprovar - no prazo de um ano - a proposta de reeleição ilimitada, o que está praticamente garantido devido à sólida maioria legislativa do governo.

A atual Constituição, promovida por Correa e aprovada por referendo em 2008, permite a reeleição presidencial por apenas uma vez, consecutiva ou não.

"Estamos muito satisfeitos com a decisão da Corte Constitucional", disse à AFP a legisladora governista Soledad Buendía.

"Vamos constituir uma comissão especializada para tal. Esperamos que até o final do ano possamos ter um relatório para" sua aprovação, em primeiro debate, disse Buendía.

Em maio passado, Correa pediu ao Congresso que votasse a reeleição ilimitada dos cargos eletivos, mas não confirmou sua candidatura à presidência em 2017.

Correa, 51 anos, justificou a iniciativa para combater a chamada "restauração conservadora", uma união de forças opositoras que pretende conquistar o poder em 2017.

Debilitada durante vários anos, a oposição equatoriana obteve uma importante vitória nas eleições municipais de fevereiro, quando conquistou as prefeituras de Quito, Guayaquil e Cuenca, as principais cidades do país.


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