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Estado de Minas

Planos sobre reservas marinhas na Antártica fracassam novamente


postado em 31/10/2014 18:37

As negociações internacionais celebradas na Austrália frustraram, nesta sexta-feira, aqueles que pretendiam obter a aprovação de duas reservas marinhas na Antártica, afirmaram militantes, acrescentando que a decisão deixou vulnerável uma das últimas regiões selvagens do mundo.

A Austrália tinha a esperança de conseguir apoio para o seu plano, concebido com a França e a União Europeia, para criar uma Zona Marinha Protegida, que garantiria a biodiversidade nas águas da Antártica oriental, após reduzir drasticamente a aérea proposta.

No entanto, China e Rússia bloquearam, tanto o projeto da Antártica Oriental, quanto a tentativa conjunta de Estados Unidos e Nova Zelândia de criar uma zona no Mar de Ross durante as conversações anuais da Comissão para a Conservação dos Recursos Vivos Marinhos da Antártica (CCAMLR), em Hobart.

"O resultado final é um fracasso", afirmou Andrea Kavanah, do Pew Charitable Trusts, acrescentando que os defensores deste projeto não conseguiram torná-lo realidade em quatro anos.

"A cada ano que esperamos, este ecossistema quase intocável fica vulnerável à pesca", acrescentou.

As propostas devem ser aprovadas pelos 25 membros do CCAMLR.

No entanto, Grigory Tsidulko, militante russo da Aliança Oceano Antártico, disse que a geopolítica, assim como a resposta mundial à crise na Ucrânia, desempenharam um papel nas discussões deste ano.

"Acredito que, neste ano, o fator principal é a situação geopolítica global, inclusive a Rússia", declarou à AFP.

No entanto, indicou que a delegação russa tinha deixado a porta aberta para as zonas protegidas no futuro, afirmando durante a reunião que embora tivesse reservas sobre as propostas atuais, estava aberta a discussões.

Kavanagh afirmou que as questões geopolíticas sempre existiram, mas que no passado sempre foram superadas quando se tratava da Antártica.

"Por exemplo, assinaram o tratado da Antártica no auge da Guerra Fria", acrescentou à AFP.


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