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Estado de Minas

Itália, França e Alemanha se comprometem a lutar contra desemprego


postado em 08/10/2014 20:10

Os líderes de Itália, França e Alemanha reconheceram nesta quarta-feira, em Milão, suas divergências em matéria orçamentária, mas se comprometeram a combater duramente o desemprego entre os jovens do bloco.

Ao fim de uma cúpula para debater o grave desemprego que afeta países como Espanha, Itália e França, o chefe de governo italiano, Matteo Renzi; o presidente francês, François Hollande; e a chefe de governo da Alemanha, Angela Merkel, prometeram simplificar normas e empregar recursos para estimular o crescimento econômico e, consequentemente, o emprego.

A promessa é uma resposta indireta ao relatório pessimista divulgado nesta quarta-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

O informe aponta que "o legado da crise - uma demanda inadequada, a dívida e o desemprego elevados - continuam representando um desafio para alcançar um crescimento robusto e duradouro" na zona do euro.

"Acredito que França e Itália estejam fazendo reformas sérias. Tenho total confiança, em que assumirão suas responsabilidades", declarou Merkel na entrevista coletiva conjunta.

Pressionado por superar o limite orçamentário para 2015, o que pode ser rejeitado pela Comissão Europeia, o presidente Hollande evitou abordar o tema em Milão. Ele reconheceu, porém, que "os orçamentos têm efeito sobre o crescimento".

Já Renzi reiterou que a Itália quer ser a "primeira da classe". Além de respeitar o limite de 3% de déficit em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o país pretende ficar abaixo dele, em 2,9%.

Ao chegar a Milão, Hollande disse que "é preciso ajustar o ritmo das políticas orçamentárias ao desafio do crescimento", tema que divide os líderes europeus.

"Se todo mundo se dedicar a aplicar medidas de austeridade - o que não fazemos na França -, será registrada uma queda maior do crescimento", advertiu o presidente francês.

Hollande quer reavivar o debate sobre a austeridade, depois da divulgação dos últimos indicadores econômicos, com resultados desastrosos.

UE: desemprego em agosto foi de 10%

A conferência europeia teve início com uma reunião de chefes das agências públicas europeias para o emprego, seguido por um almoço dos ministros europeus do Trabalho. No começo da tarde, chegaram Hollande, o chefe de governo da Espanha, Mariano Rajoy, Merkel e Matteo Renzi.

Os líderes europeus mencionaram o programa europeu "Garantia Juvenil", criado para orientar as gerações com menos de 30 anos a encontrar emprego, ou buscar formação profissional adequada.

O número de desempregados na Europa alcança um patamar recorde, sobretudo, entre os jovens, um fenômeno que afeta uma geração inteira que não estuda, nem trabalha.

Renzi considera que, para encarar "a emergência das emergências", como ele classifica o desemprego nessa faixa, é necessário impulsionar o crescimento econômico e os investimentos.

O italiano aproveitou para divulgar a reforma trabalhista que está promovendo no país e que espera ver aprovada ainda hoje pelo Congresso. O texto enfrenta a oposição de um setor de seu próprio partido e do maior sindicato italiano.

Centenas de pessoas protestaram contra a reforma de Renzi, nesta quarta, do lado de fora do centro de convenções onde acontece a cúpula sobre emprego.

A Nova Comissão Europeia, dirigida por Jean-Claude Juncker, anunciou sua disposição de implementar um plano de investimentos no montante de 300 bilhões de euros nos próximos três anos, para lutar particularmente contra o desemprego.

"Queremos que se simplifique o acesso a esses fundos", pediu Hollande, em conversa com a imprensa.

"O problema não é que o dinheiro seja insuficiente, mas que deve circular", comentou Angela Merkel.

No conjunto da União Europeia, o desemprego alcançou 10,1% em agosto, correspondente a 24,642 milhões de pessoas, segundo a Eurostat. A Grécia registrou a maior taxa de desemprego (27%), seguida pela Espanha, com 24,4%.

O desemprego dos jovens com menos de 25 anos foi de 23,3% na zona do euro. Alemanha, Áustria e Holanda registraram, nessa ordem, as menores taxas, inferiores a 10,1%, enquanto Espanha (53,7%), Grécia (51,5%) e Itália (44,2%) lideram a lista com os piores índices.


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