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Estado de Minas

Vítimas de conflito na Colômbia são ameaçadas por testemunhar no processo de paz


postado em 01/10/2014 18:07

Três vítimas do conflito armado na Colômbia foram ameaçadas de morte depois de terem participado das negociações de paz do governo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), mediadas por Cuba - informou a ONU nesta quarta-feira, ao anunciar o terceiro grupo que segue para Havana.

Das 24 vítimas que deram seu depoimento até agora na mesa de negociações de Havana, três "saíram em listas (negras), ou receberam cartas comm ameaças de morte, assinadas por grupos armados compostos por ex-paramilitares", denunciou o coordenador da ONU residente na Colômbia, Fabrizio Hochschild.

Ainda de acordo com a ONU, sete vítimas foram alvo de ataques nas redes sociais, e dois integrantes da equipe encarregada de escolher os depoentes - uma pessoa das Nações Unidas e outra da Universidade Nacional da Colômbia - receberam intimidações.

"Defendemos a liberdade de expressão plenamente, mas consideramos que ela não pode ser o caminho para ameaçar e caluniar terceiros, principalmente quando se trata de pessoas que sofreram o horror do conflito e que não merecem ser 'revitimizadas' por tentarem contribuir para a paz", declarou a ONU em nota à imprensa.

Os nomes das pessoas ameaçadas não foram revelados, mas, há alguns dias, organizações de defesa dos direitos humanos denunciaram que uma delas era Yaneth Bautista, irmã de uma ex-militante da extinta guerrilha M-19 que está desaparecida.

O terceiro grupo de 12 vítimas do mais antigo conflito na América Latina viajou nesta quarta para Cuba, de acordo com a ONU.

Desde novembro de 2012, as Farc e o governo colombiano negociam a paz, com a mediação de Cuba. O conflito armado na Colômbia já deixou cerca de 220 mil mortos e mais de 5,3 milhões de deslocados internos, de acordo com números oficiais.


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