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Estado de Minas

Papa destitui bispo conservador do Paraguai

Rogelio Ricardo Livieres Plano é acusado de entrar em conflito com outros bispos e de promover um padre com comportamento sexual inapropriado


postado em 25/09/2014 11:37 / atualizado em 25/09/2014 12:06

O bispo Rogelio Livieres em encontro com o presidente da Bolívia, Evo Morales, e Fernando Lugo, ex-presidente do Paraguai(foto: REUTERS/Jorge Adorno)
O bispo Rogelio Livieres em encontro com o presidente da Bolívia, Evo Morales, e Fernando Lugo, ex-presidente do Paraguai (foto: REUTERS/Jorge Adorno)

O papa Francisco destituiu nesta quinta-feira um bispo conservador de uma diocese paraguaia que havia entrado em confronto com outros bispos e promovido um padre acusado de comportamento sexual inapropriado.

A destituição do bispo Rogelio Ricardo Livieres Plano, membro do movimento conservador Opus Dei, destaca a profunda mudança teológica em vigor na igreja sob o comando de Francisco, que não tem demonstrado medo em agir contra bispos conservadores em nome da manutenção da paz entre os fiéis e a unidade entre os bispos.

Em março, Francisco destituiu Franz-Peter Tebartz-van Elst, chamado "bispo do luxo" de Limbueg, Alemanha, depois de sua nova residência, avaliada em 31 milhões de euros, ter causado tumulto entre os fiéis, que também reclamavam de seus estilo autoritário e conservador.

O Vaticano disse que Francisco tomou a "onerosa" decisão no Paraguai pelo bem da igreja em Ciudad del Este e pela unidade entre os bispos paraguaios.

Livieres foi nomeado bispo de Ciudad del Este em 2004 e imediatamente perturbou os demais bispos paraguaios, mais progressistas, ao abrir seu próprio seminário que seguia uma linha mais ortodoxa do que a principal escola de clérigos da capital, Assunção.

Os bispos paraguaios são conhecidos por suas tendências progressistas num país pobre onde a Teologia da Libertação encontrou terreno fértil.

Livieres também enfureceu defensores de vítimas de abuso sexual ao promover como vigário-geral da diocese o padre argentino Carlos Urrutigoity, considerado "uma séria ameaça aos jovens" por seu antigo superior nos Estados Unidos.

Urrutigoity nega as acusações de comportamento inapropriado, nunca foi indiciado nem é acusado de abusar sexualmente de menores. Em 2004, porém, a diocese de Scranton, na Pensilvânia, encerrou um caso judicial contra ele, outro padre e a diocese com o pagamento de US$ 400 mil. A ação afirmava que os dois homens haviam se envolvido em ações de má conduta sexual, informou o jornal Global Post.


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